sexta-feira, 10 de outubro de 2008

ELEIÇÕES 2008 MARTINÓPOLE

O maior inimigo do povo é o próprio povo que abraça uma causa perdida que é mergulhar no fracasso de si mesmo. Falo da negligência humana que os seres causam em si. Pelo fim da política, acredito que isso é o melhor. O povo se deixa influenciar e se decidir por uma base falsa na tese que são gente que se expressa, que se exprime dentro de um cotidiano comum, mas o comum que o povo vive é acirrado entre uma mediocridade e uma miopia profunda. Quando as pessoas se encontram entre macegas atreladas na pobreza de espírito, elas se refletem socialmente na política. Martinópole é um continente ilhado. Continente porque é algo irreal, é alguma coisa de uma estrema extravagância solitária (a pouca conscientização) que tem feito do povo a doença e ao mesmo tempo a cura dos males sociais. Tem gente impedida de pensar o ser correto da existência. Pensar para a mediocridade é a mesma coisa do não pensar, do não sei, do não ouvi falar ou do ouvir falar sim. Tudo isso precisa ser refletido na vivência e na pele de cada um. Antônio Neto tem razão: o povo é corrupto! E esta afirmação reativa a frase inicial do isto. O povo quer se enganar. Gosta de ser enganado, de ser pisoteado na dissonância da dor que se abre com um sorrido amarelado pela derrota do não ser nada e do nada ter. Apostas foram feitas, palcos de verdades e de tramas fatais foram montados. O povo se alfineta e se ama com muito ódio. É complicada uma sociedade uma sociedade onde esposas não assumem seus papéis que são assumidos por mulheres free- lancer (para suavizar a palavra adequada). Pelas ruas candidatos a vereadores perseguidos por amantes alheias na fraudação da constituinte no direito de ir e vir. É difícil uma sociedade assim assistida e constituída. Não tenho pudor em dizer, eu fiz uma campanha política, embora o sistema esperasse e aceitasse apenas a politicagem. Não me corrompi, isto é inegável. Os 38 votos foram adquiridos de fato. É lamentável esse sistema de universitários (não todos) semi-analfabetos, esse sistema de doutores nunca diplomados. Seria covardia minha colocar e convidar os vereadores aceitos a um debate... Eles sairiam esmagados pela falta de conhecimento, pela falta de habilidade. Bastaria um debate entre eles e meu cabo eleitoral maior – Antônio Neto. Talvez, em um minuto, o meu cabo eleitoral transportá-los-ia ao estrato de nada. A base da minha campanha foi sólida, recheada de ideais e crenças. Toda a sociedade martinopolense me apoiou, isto também é inegável, mas seus dedos não conseguiram teclar meu número. Ela, a sociedade, estava torcendo, mas não fez nada. E me pergunto: fazer alguma coisa por mim? Ou por ela mesma? A sociedade se auto abandona, se auto condena. A nossa sociedade filistéia e snobe passa fome, mas arrota caviar, grita o estômago mas ri a superficialidade. Ninguém tem dinheiro para investir na própria cultura. Nossa sociedade não pode comprar um livro, não pode visitar um museu, mas pode lotar uma mesa de bar. Isto resulta em uma indisciplina social e, portanto atrelada a uma gente medíocre. 38 votos significam uma cidade sem cultura, significa uma Martinópole sem artistas, significa uma sociedade unânime e não dignificada pela diversidade. Onde estavam no momento das eleições os trabalhadores e seus direitos pré negados? Os pseudos pensadores? Os ativistas? Os estudantes e suas mentalidades preguiçosas e derrotadas? Onde estavam meus os familiares? Onde estavam aqueles e aquelas que se dizem defender a diversidade de suas e inumeráveis causas? Eu fiquei só, no campo de batalha. E todos sabem disso numa sociedade programada só para dizer sim. Um sistema merecedor de vais. Os mitos são de bronze, e se tocarmos o dourado fica nas mãos.
Martinópole nunca me quis. Eu fui embora com dezesseis anos para poder sobreviver. Eu que o amei. Mas de hoje em diante, quando eu fizer parte de um congresso, de um seminário cultural, quer seja em São Paulo, Santa Catarina ou mesmo no topo da serra de Guaramiranga, direi a o povo que pertenço ao mundo. Digo isto para provocá-los porque vocês perderam a chance de me ter de volta, perderam a oportunidade uno de ter na câmara um setor cultural, um setor inovador de idéias, perderam a chance de ter uma política revolucionaria. No fundo eu sei, que ninguém duvidou de minha capacidade, mas a troca de favor é maior. A camaradagem de vocês é estúpida e arrogante assim com aquela moça e a mãe dela que me perseguiram pelas ruas no domingo, dia 5. O analfabetismo delas é gritante. Assim como Natasha e o Emanuel da Águida deveriam no dia 5... estar defendendo a bandeira da classe que eles fazem parte. Tereza de mel, o que é que esta senhora sabe sobre política? Sobre arte? Sobre leis? Sobre respeito? Nada. É uma senhora vulgar, sem classe, sem berço à serviço da anti- democracia. Há dias que ela vinha me perseguido. Ela deveria estudar, se instruir, se ilustrar, fazer um curso de bons modos, se é que e possível ela adquirir o que a natureza a ela negou. Tereza de mel é uma senhora que vassala na escala menor para uma estupidez revoltada. Estas senhora é um ser desprezível possuidora de um cartão de visitas negativo. A antipatia é a mestre mola que a envolve. É inútil ela se comparar ao que eu entendo sobre leis, sobre cidadania, ela perderá fatalmente. A base política que eu fiz parte, ou seja, a minha coligação, uma base falsa emergida na mentira, na sordidez descabível, porem renascida na era da proto-história. O meu casaco vermelho fez parte da minha campanha, porem muito justo que no dia 5, ele estivesse sobre o meu corpo. A cor branca também é a minha cor de preferência, e nesse dia assumi minhas cores diárias. E por ser autêntico, por não dever nada a ninguém, quando vi que os dois partidos tinham preferência por vermelho e branco, não desisti de usa-las. Nunca estive em cima do muro. A senhora Porfírio Guilherme Barros e a família que propagaram que eu havia me vendido, deveriam saber muito bem que eu sou duro na queda. E não tenho o hábito que a mim, ela atribui. Essa denominação dela não seria um auto reflexo? Ela confusa, como sempre, sem saber de nós, quem era espelho e quem era sombra. Não devo nada a ela. Eu sim, fiz a campanha do PSB com toda a minha garra. Isto ninguém nega. Eu nadei contra a maré, desde o inicio, eu sentia intimamente esse nada contra maré, mas resisti. Fui o único que resistiu. Isto chama-se dignidade. É tanto que saio da cidade e nem um lado nem outro pode me acusar de nada. Não negociei com ninguém. E ter ficado, só por fração de segundos, imaginei que o coração do povo poderia ter batido por mim, mas não bateu. Dentro de Martinópole não há consciência política, o que há é a luta de interesse pessoal. Há ainda uma eterna disputa de egos inflamados que se detratam e depois se beijam. E para aqueles que quiseram duvidar, repito: não devo nada a nenhum político. Fiquei só. Mas com a grandeza de Martim Lutero, com o heroísmo de Joana D’Arc que foi para a fogueira, mas não se corrompeu. Não faço parte daqueles que amam o dinheiro e odeiam o humanismo. Não foi por menos que professores foram chamados de carroça, não é por menos que os direitos de vocês foram e são negados. O povo gosta disso. Gosta de viver sem cultura, sem nada, sem amor próprio. É por isso que a secretaria de cultura do Estado, lamentou a ausência de projetos. Aqueles que dizem fazer cultura, aqui, fazem lixo. Vendem gato por lebre, vendem restos fecais como adubo. E vocês engolem silenciosamente sem dizer um ai. E que os golpistas de plantão não venham dizer que estou atacando A ou B. aqui não escrevi uma frase pensando em seu Fontenele nem em James Bel. ( A guerra entre eles não me diz respeito).

Me reporto a câmara municipal que era onde estava programada a minha disputa. Enquanto cidadão comum, votei naquele que eu achei menos nocivo para a cidade. E isto só eu sei. Transito livremente entre o bem e o mal. Pode ser que pelos próximos cem anos, apareça um candidato que fale em direitos, em cidadania. Pode ser, não sei. Muito obrigado aos 38 votos conscientes. Obrigado Antônio Neto, pela decência e pela sua participação política. Você mostrou que tem garra e ideologia política. O povo sabe na insensatez se dividir com perfeição, mas não sabe atribuir o mal que faz a si mesmo na dialética da auto promoção. Participem, eleitores (de vereadores) de banquetes de miolos crus, de nozes sem quebras, e de mentes requentadas na poluição da fumaça em caldeiras nunca acesas de políticas anti-politicas, na surdez de vossos olhos e na miopia de vossos ouvidos. Há muitos anos que eu não direcionava a minha trajetória social para eleições no interior. Foi lamentável os momentos que eu via Martinópole refletir os escombros de uma Etiópia latina , onde as pessoas se humilham, se desvalorizam, quando se permitem pedir dez reais, um real ou mesmo cinqüenta centavos a um candidato. Pessoas completamente decadentes, entregues á vidas preguessas, dominadas no vicio do pedir. É lamentável sim, a decadência humana. Digo isto com um pesar gigantesco. E peço aos que ficam que não se abandonem e cobrem dos vereadores eleitos, cobrem projetos e um posicionamento político, se é que eles sabem o que é isso. Sob a visão de um olhar social temos uma Martinópole sem sentido, uma cidade no retrocesso de coisas jamais compreendidas na incompreensão de uma gente que não se ama e não se auto valoriza na percepção do ser sociável. É indigesto um ser humano todo maltrapilho pedir cachaça e calar-se sorrindo diante de um trago. Assim como é indigesto e canalha aqueles que viram a cara para os amigos por tendências políticas. Como é gritante a falta de respeito dos adversários para com os outros. E nisto retalho os dois partidos que se perseguem , que se auto destroem em nome de uma arrogância assumidamente ignorante. Faço essas criticas na certeza que elas não serão bem vinda (mas sou self made), porque as pessoas são hipócritas e vaidosas em demasia, e só gostam de elogios embora sem fundamentos. Tudo se perde quando a vaidade é maior que a inteligência. E o dinheiro é sempre o mestre sala de uma platéia extasiada ante a magia da corrupção.

Não vou pedir desculpas, mas você precisa ouvir isto.

Por Antonio Marcelo – cidadão do mundo

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

COTAN visita Martinópole e amedronta a população

Sempre que a COTAN corporação de Camocim, vem a martinópole a população vive momentos de terror. na quarta feira última a intolerância e a prepotência dos policiais ficaram registrada na memória da população. Crianças de 13 anos de idade tambem foram vitimas da agressão praticada por eles. A população se apavora, mas não tem iniciativa. Uma mãe de família foi a policia local fazer um boletim de ocorrencia, mas a policia militar tambem fica omissão, e se recusa. E a quem a população pode recorrer? Martinopole se amedronta sempre que a COTAN se faz presente a cidade. Policiais que deveriam proteger a população e é quem mais amedronta, é quem mais apavora. Policia não tem o direito de arrancar brinco da orelha de ninguem. cade o direito e a liberdade de expressão dos cidadãos brasileiros? Meu Deus, quanta injustiça se canta e se grita em nome da arrogância e do medo? Martinópole precisa de uma voz que se erga. Impossivel viver, mas se viver a sombra desse medo. Quando se fala em COTAN - a população tranca suas portas com medo de represária. Cadê a comissão de direitos humanos que não se transporta a martinòpole em defesa de sua gente? Policia é para bandidos e não para pessoas de bem. policia nenhum tem o direito de violentar, de agredir um cidadão de bem. MARTINÓPOLE possue uma população sofrida, de uma voz calada por medo e omissão. É preciso que as autoridades competentes tomem conhecimento da arrogância e do massacre mental que é feito em nome do estado, em nome da cidadania. Temos uma população carente, porém uma população de pessoas socialvemente do bem. COTAN se for para violentarem nossas mães psicologicamente, se for tambem para torturarem nossas crianças, e tambem agredir pessoas do bem... nós não queremos voces na nossa cidade. Em forma de protesto, eu antonio marcelo carneiro, digo a voces: Fora de Martinópole. A gente prefere ficar a margem da violência causada esporadicamente pela população do que a presença destruidora da infância e da adolescencia, patrocinada por voces. Senhores da arrogância. Por causa de um fardamento e de uma arma na mão, voces o COTAN vem e castra a liberdade de martinopole. Chega de cacetete na mão. Fora a repreensão!

sábado, 7 de junho de 2008

A mentalidade Martinopolense é esta

Recentemente feita uma pesquisa em Martinópole sobre eleiçoes e perspectivas sociais. Foi observado o atraso, a falta de participação dos Martinopolenses navida politicae social. é de uma tristeza absoluta ver esse cansaço, essa falta de dignidade que assola esse período eleitoral. As pessoas vendem seus votos e deixam isso às claras. Uma maioria ainda acredita que isso é a inteligência máxima delas. Que elas estão sendo sábias ao consentir e permitir tal atitude consigo mesmas. A cidade se descaracteriza cada vez mais. A pedofilia tem se agigantado, e alguns políticos se defendem, não podem se meter nisso porque os pedófilos são seus eleitores, outros se fazem de desentendidos. Há uma lista de pedófilos e uma lista de vitimas que precisam chegar aos ouvidos de uma promotoria. E nada se faz. Menores se fazem pais e filhos do alcoolismo... e há na cidade um conselho tutelar... A prostituição, o rompimento com os valores sociais estão cada vez mais ausentes. Me parece que dói pensar, e dói muito. Não sabemos ainda a filosofia, o pensar, a ética.... aqui é terra onde se troca a dignidade pela luz do sol.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

A RELIGIÃO E A CONFUSÃO DOS MITOS. Uma pausa sobre Martinópole

Uma pausa, uma dúvida, uma quase revolta com o sitema que Martinópole se agrega no valores dos homens e dos mitos. Principalmente o poder do mito religioso. Aqui temos um Salão Paroquial, construido sob o comando de Pe. Cesar Evangelista. O Salão servia para reuniões, apresentações artisticas. A população tinha livre acesso a este espaço, que em outro momento foi defendido por Antonio Marcelo Carneiro, como um excelente espaço cênico para apresentações artisticas. Mas a Igreja agora sob o comando de Pe. João Batista Oliveira tem havido uma repulsa. Alguns religiosos classificam o atual Padre como uma pessoa fechada e dificil. é lamentável que um lider religioso seja uma pessoa que não compreenda nem incentive uma juventude completaente confusa ideologicamente. O salão, é preciso que o líder entenda... ele por mais que seja patrimônio da Igreja, ele pertence a comunidade e deveria ser mais utilizado pela mesma. Mas o Pe. Não quer. O Pe. João Batista não recebe as pessoas, não tem nenhum interesse em abrir o espaço para a cidade de Martinópole. E é preciso expressar que só a religião não faz a crença, que só a religião não alimenta os homens. Nem só de espírito vive o homem, e sim de uma vida socialmente particiativa.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Martinópole NO SILÊNCIO DO CAMINHO

A CONSCIÊNCIA DE UM POVO é de uma estrema necessidade. Agora que estou em Martinópole, vejo uma juventude cansada, sem perspectiva, vejo uma sociedade passiva, uma mentalidade atrofiada, um pensamento anestesiado. Algumas pessoas infelizmente não conseguiram vir até aqui, não conseguiram acompanhar os tempos, não estiveram abertas as mudanças. E lamentavelmente estão atreladas a um sistema assassino da consciência. As pessoas não têm parado para pensar, não têm o dom direto do raciocinio. Por que será que as pessoas não gostam de pensar. será que a filosofia é tã odesagradável assim? será que pensar dói? talvez doia. porque pensar nessa altura do campeonato pode ser uma facada na sabedoria de todos nós, que não estivemos atentos, e agora não conseguimos mais. Meu Deus! A cidade ainda respira todo o entulho do muro de berlim. Ainda estão em nossas narinas as poeiras de quando o mundo sonhava liberdade, e veio pôr no chão a muralha. Mas aqui em Martinópole parece que a cidade não viu esse acontecimento, não tomou conhecimento da palavra liberdade, do gesto gigante que é o do ser livre, da consciência sem remorço. O que fizemos nós Martinopolenses? Mandamos nossas caçambas à Berlim, e herdamos de lá a prisão, a falta de escolha. Parece que é para nós mais facil essa morte lenta, essa vontade sem vontade que é ir a luta, que é ter o raciocinio como pão nosso de cada dia. Estamos famintos de idéias, estamos sedentos de encontrar nossa força, mas nos falta a capacidade tremenda que é nos organizarmos intelectualmente, que é nos guiar pela luz do proprio sol. Não temos mais a capacidade de deixarmos nossa menter brilhante. A juventude está perdida, a pedofilia reina na cidade, e a sociedade parece aceitar silenciosamente essa ideia que tudo é normal. Estamos corvades, estamos desumanos com nossos semelhantes. Nossos doentes mentais se perdem no dízimo da cachaça que parece santa e bendita. Comerciantes da cidade, numa atitude de estrema desumanidade oferece a alcoolatras bebida em troca de serviços prestados. Olho ao redor dacidade, ao redor do caminho que eu tracei para mim, e vejo quantos lampiões, eu poderia ser hoje? Olho para o horizonte, e penso em quantos Douglas se suicidam lentamente por falta de rumo, por falta de direcionamento. Penso em quantos Toinhos da Paraíba são perdidos no dia a dia dessa cidade em mãos de homens assassinos da dignidade alheia.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Patativa do Amor cantora de Martinopole

O preconceito é mortal! Principalmente quando se trata de uma gente sem referência cultural, social ou humana. Eu gostaria muito de ser mais apurado musicalmente. mas de música não entendo. Mas sou perfeitamente capaz de definir o que é bom de algo indigesto. Sei, que em Martinópole existe uma cantora(!) Ou se preferirem os incultos uma mulher que canta. Eu precisava conhecê-la. Alguns diziam: Ela não canta. Você vai só perder seu tempo. Mas ao mesmo tempo em que ouvia isso, eu me perguntava quem são essas pessoas que podem ou não (ou pelo menos se acham capazes de julgarem a arte de uma de alguém chegando mesmo a condená-la?) Eu precisava ouvi-la. Eu precisava conhecer essa peregrina da arte. Conheci PATATIVA DO AMOR. Uma senhora movida ao canto, uma mulher que traz em sua mente um ideal musical. Ela fala de música de uma forma impar que é impossivel aos sensíveis nao encontrarem uma carga emocional diante seus depoimentos e sua batalha incessante. Patativa do Amor me cantou algumas de suas canções. Letra e melodia ela possui. Patativa é artista porque é uma autêntica representante daqueles que batalham e processam suas vidas numa tentativa gigante que é vencer a maior barreira: destruir a visão daqueles que não sabem o valor de quem acredita no próprio ideal. Patativa tem sim, talento. E o desenvolveu como foi possivel numa terra onde as regras são ditadas pelos incultos e pelos insensiveis. Eu trouxe o CD dela, um Cd patrocinado por seu humilde salário como definiu Jander Bel. Alias foi ele, Jander a primeira pessoa a me falar sobre Patativa. Ninguem da cidade me falava sobre ela, era como se ela não fosse um de nossas referências artistícas. Patativa é analfabeta, não tem estudo, mas isso não invalida sua veia poética. Sua trajetória a favor da música é merecedora de aplausos. Eu puxo aplausos e ovaciono Patativa com suas melodias, suas letras cheias de sensibilidade, embora seja as concordâncias e um portugues ruim, mas isso não tira o gesto largo que é sua inserção no canto.

Patativa, essa página é dedicada a você. A você que quando diz que vem, logo chega. A voce que não perde seus compromissos e nem sua eterna juventude que é a música, que é o sonho que a leva e traz percorrendo caminhos diversos... o caminho da arte é estreito quando o quesito é reconhecimento. Vivemos em um país... e no nosso caso em um meio onde as regras segundo um historiador de teatro, Marcelo Farias Costa, são dadas por uma gente descompromissada e sem a menor vocação para saber a sensivel diferença entre o o joio e o trigo.

Patativa, a incompreensão é um obstáculo... não o assassino maior de nossa íntima percepção artística. Vivemos em um meio onde o refrão do "segura o tchan" reflete a terrivel miopia de uma gente que dita as regras, mas não assegura o patrimonio histórico de nossa nação.

terça-feira, 6 de maio de 2008

POPULAÇAO DE FORTALEZA REFEM DE GREVE INESCRUPULOSA

Greve inescrupulosa faz população de Fortaleza refem. As pessoas têm todo o direito de fazer greve, têm todo o direito de lutar por melhores condições de vida, mas isso pode ser feito sem negligenciar a dignidade humana. No terminal do Papicu, pessoas idosa, crianças, mulheres gravidas e população em geral fica a mercê de um sindicato irresponsavel ( o Sindicato dos motoristas e trocadores de onibus defortaleza). A confusão é deles com os empresarios, a população nao tem nada haver com isso. Por lei eles soa obrigados a informar a população que uuma greve iria arrebentar as 8:30 e nao trafegar normalmente(aparentemente), pois eles sabiam que antes do terminal iriam pararlizar.... isto é um ato irresponsavel. Muitas pessoas saem de suas casas, sem dinheiro nem para tomar uma água... e se encotram no meio de uma greve infundada. Numa disputa entre patroes e empregados. Se os ignorantes que presidem esses sindicatos pensam que a população se sensibiliza com a causa deles estão muito enganados. A população repudiou em absoluto o descaso. Se querem fazer greve que colem adesivos nos onbus e informem, que façam uma greve apartir da meia noite. Ou que se organizem e nem saem dfas garagens. Chega de irresponsabilidade social, nao podemos admitir tantas mazelas sociais. Eu duvido muito que uma greve inescrupulosa dessa surja em um estado respeitado com RIO DE JANEIRO, SAO PAULO. Porque nesses lugares a população é respeitada, as idiotices humanas se tornam respeitosas pelo temor. O SINDICATO DOS MOTORISTAS E TROCADORES DE ONIBUS DE FORTALEZA PROMOVE UMA PARADA IRRESPONSAVEL. E nos terminais, trocadores e motoristas são de uma deselegância gritante. Meu Deus como essa gente é indigesta, a boca suja verbalmente. O português grita nos ouvidos da gente que não é de todo culto, mas um pouquinho mais civilizado. Como essa gente é despreparada para o convivio social? Como é que essa gente nao se humaniza, nao se sensibiliza com a propria decadência delas? Saiu do terminal depois de ter minhas tentativas do dia frustrafdas. Eu estava indo a câmara, outra batalha terrivel! Há tres semanas, que estou em Fortaleza procurando politicos, deputados e vereadores para me ajudarem em um projeto cultural que estou tentando construir em Martinópole. Ave! Quanta coisa demorada e comlicada. As pessoas, os politicos e assessores demoram demais para dar um sim ou um nao. e eu nao sei como é que no meio detanta burocracia, alguns deles conseguem burlar o sistema.... e enchem suas cuecas, suas malas pretas, seus jatis de dólar na maior cara de pau. Estou postando isso no blog do Memorial porque sei que esse relato aqui serve de experimento para responsabilidade social. Os assessores do Deputado Heitor Ferrer ja disseram não, os da Deputada Rachel Marques também já deram para esse momento um simpático não, e outros faltam dar a resposta. Meu Deus! Como é dificil fazer arte, cultura numa terra onde o espetáculo é a mesa de bar.

sábado, 3 de maio de 2008

MARTINÓPOLE TEATRO ANTONIO MARCELO

Em maio Antônio Marcelo apresentará em Martinópole o Identidade Poética. Um trabalho onde ele apresenta autores pesquisados na internet...Eu em Tuas Mãos o proximo trabalho do dramaturgo e ator

sexta-feira, 25 de abril de 2008

TIMES DE FUTEBOL DE MARTINÓPOLE NÃO OFICIALIZADOS

Martinópole tem mais de quatorze times de futebol... é necessário que se olhe o esporte para que a juventude alcance o saudável espírito da coletividade.

TIMES E SEUS REPRESENTANTES MAIORES:

Nacional > Nonato Miguel
Grêmio > Aristides Brito
Palmeirinha > Chico Fiapo
Jubina > (Flamengo) Manoel da Luzia
Barcelona > Marcio Paiva
Plameiras > (Jubina 2) Bastiãozinho
Carnaubal Preto 1 > Cacuruta
Carnaubal Preto 2 > Chico do Cloves
Jovem Martinopolense > Heládio Feijó
Intercunha > Valdir Miguel
Real Club > Nilton Teles
Brasilinha > Pertence aos moradores da COHAB
Internacional > em Investigação

omissões ainda são inevitaveis nesse primeiro momento. ainda faltam informaçoes.

terça-feira, 22 de abril de 2008

ATRAÇÃO NO INVERNO - Lagoa

A lagoa Angica tem sido palco de encontros entre a juventude martinopolense. Nos finais das tardes e noites jovens se direcionam a lagoa com o objetivo de um bate papo e ou mesmo beber. A lagoa é bastante procurada, principalmente após o fechamento dos clubes. La os jovens cantam, tocam bandeiros e tambores. Destaque para Edson Pereira(Edi) que mostra muita habilidades com os intrumentos e com as emboladas, tiradas de côco. Os frequetadores da lagoa acreditam que esse espaço deveria ser mais utilizado como tambem receber das adminstrações um valor necessario para que ali se torne um balneário. Já que as margens dessa lagoa nasceu Martinópole. Enquanto o poder público não se direciona a este apelo, a juventude ensaia seu proprio caminho. Da parede de cimento a gente pode admirar ao cair da tarde, um verdadeiro espetáculo que é o por do sol.... e pela noites os apaixonados tem a lua como companheira e musa inspiradora para poetas e cancioneiros.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Paixao de Cristo em Martinopole

Martinopole vive sua fe em festejos religiosos. Dia 19 de março os fieis e devotos de Sao Jose fazem caminhada ate a Baeta... a tradicional procissao de Sao Jose contou esse ano de 2008 com a participaçao de aproximadamente 2.000 pessoas. Entre pedestres, ciclistas e carros. A populaçao começou a se direcionar para o local onde estava a imagem do santo desde as duas horas da tarde, e encerrada a caminhada a populaçao se concentrou em frente a Igreja da Matriz. A procissao teve como organizadores o senhor Elias Felix e o Padre Joao Batista de Oliveira e de as senhores da Congregaçao Coraçao de Maria. Na Sexta Feira Santa fopi a vez da cidade se encantar com a Paixao de Cristo, encenada pelo Grupo de Jovens sob a batuta de Jose Raimundo Braga. A apresentaçao teve cenarios de epoca confeccionados pelas maos talentosas de Paulo Henrique Bernadinho, um dos talentos das artes plasticas martinopolense.
A encenaçao foi acompanhada por olhares atentos e curiosos que permaneceram na ate o final. O ritual teve como complemento o espetaculo de guarda chuvas que pareciam um bale tambem ensaiado, devido a chuva que iniciou durante a apresentaçao. Antes da apresentaçao teatral houve tambem a procissao do SENHOR MORTO. A noite bares, Heladios Club e sorveterias foram ponto de encontro entre amigos e visitantes que se encontravam na cidade. Domingo, 23 de março,o Circo da cidade teve sessao aberto ao publico. Data tambem em que Antonio Marcelo e artistas locais se reuniram no Centro Cultural de Martinopole para discutirem a fundaçao e apresentaçao dos projetos do Memorial Simeao Moreira.

Entre Ritos e Chuvas a cidade viveu seu momento santo. Envolvido em um espirito de fraternidade. Na sexta tambem houve na cidade a tradicional esmola oferecida por algumas familias da cidade.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Martinópole Nosso de Zona e Horizonte Norte

DOIS SEGUNDOS.... UMA PAUSA... REFLITA SOBRE ESTE OLHAR
Uma cidade sem tradição, desmemoriada não deixa vestigios de sua história para gerações futuras. E se não houver essa concepção do ser e ter essa sensibilidade seremos sempre "um salto no vazio do nada." As vezes e quase sempre criticas são inevitáveis. Critica-se o que não está correto para que haja um ponto de partida para o acerto. Critica-se aqueles que a gente sabe que nã otiveram um olhar sobre a cidade, critica-se para que haja uma profunda humanização por parte daquels que escutam a critica, os argumentos do que pode vir a ser melhor. Temos pensando muito sobre Martinópole, sobre o que vem a ser tudo isto. Será que meus conterrâneos estão atentos a realidade desse blog? Ou atentos ainda a proposta desse apanhado de informações? Será que teremos vez para o encontrar-se culturalmente? Tudo é possível!...
Precisei de uma reticência.... mais uma e outra.....
brinco com as pausas, e me perco em passos nunca indecisos, mas as vezes incertos.
Então se um dia, aqui também postar informações que não venham de encontro a moralização cultural.... saiba que isto e também construtivo. Aprendi ao longos dos anos, o sabor doce do vencer, e as lágrimas amargas de um perder.
Por tanto, tentarei tirar da cidade a miopia, a cegueira que impede o progredir da arte, da expressão, da palavra.... reticência.... do pensamentos. Quem pensa consegue ver, quem olhar para o horizonte pode enxergar e bem, se não houver essa mesma fumaça que destrói nossos horizontes....
É preciso sim, voltar a fotografia, rever algo que temporariamente e inevitavelmente está impedido pela fumança, pela cegueira que ela nos causa....
Por traz da palavra, por traz da fumaça, há sim, um horizonte a ser seguido....
Martinópole. com para a internet, para a rede de comunicação, para o homem que não se aprisiona a dogmas e preceitos já vencidos de homens transformados em gigantes com pés de barro. Aqui dou o meu repúdio aos micos leões dourados (tenho dúvida de usar esta palavra, afinal animais são dádivas), mas mico leões no engraçar-se e do malabarismo que fazem quase sem esforços para provocar nossa cegueira. Os mico leões são engraçados, são representantes fidedignos de um espetáculo... embora sem plateia...
Homens sem saberes, homens sem pudores, homens sem respeito humano se intitularam reis, mas são sim, reis da covardia, homens sem mente e por tanto alienados a caminho de conduzir seu povo...
O que será que eu quis dizer? Isto que voce precisava ouvir.

sábado, 8 de março de 2008

Sobre Estas Mãos



Ah, meu deus!
este apego de afeto, mãos e tatos me remete a tanta coisa. Me traz a saudade de bens que eu tive, de amores que eu tantas coisas dediquei. Sinto a emoção em mim e de mim, em réplica a amores que ficaram no retrovisor de minhas retinas....

sinto a alegria em saber que a beleza da vida é feita de coisas pequenas com significados gigantes....
meus passos, me seguem, me perseguem, mas não me detem, eu sou prófugo no meu próprio naufrágio sem ressentimentos ou com ressentimentos. Afinal, me sou e sou-me na perspectiva introspectiva a especulação do meu ato a palco aberto. E tudo isso, eu sei, ainda bem que sei, sobre a fé do carinho que até passa, mas deixa marcas e tatos inesquecíveis.

Sou o corte nascido do tempo, e sou as mãos que tateiam em labirintos nunca escuros mas faiscantes de febres e latentes carnes que sobrepoem ou não minhas emoções.

quero apenas ohar essas mãos.... e ter.... e ser....e saber.... o sentido!

quinta-feira, 6 de março de 2008

A Cultura e Sua Essência no Pensar

Enquanto aguardo informações, e tenho a certeza que minhas malas estão prontas, eu volto para martinópole. Faz dias que fiz as malas, que entupi uma outra com revistas, textos de teatro, tnt preto, e outros pequenos objetos que irão ser destinados ao Memorial Simeão Moreira. Mas eu me interro: Aliás eu estou sempre me interrogando, até mesmo quando penso na leveza da vida. Me pergunto: Por que o mundo está desabando sobre mim, e eu não sinto com dor o seu peso? Ontem Telefonei para Martinópole e soube do falecimento de mais um conterraneo. E penso agora: a palavra viver em oposição a palavra morte. Sinto uma alegria por saber onde meus pés se foram e me permitiram ir. E como será que a minha terra natal, vai me receber na totalidade do conceito artístico? Eu gostaria muito de um dia ver um auditório lotado na espectativa de uma apresentação artistica. Não envolta de um brega mart (que me perdoe os fãs), mas falo de arte necessária e essencial. Lembro com saudade, do Teatro da Imprensa em São Paulo onde tive o prazer de Assistir "A importância de Ser Fiel" de Oscar Wild. No palco Barbara Paz ágil e elegante como um jogo de tênis (assim publicou a folha de São Paulo) , Dalton Vigh e Maria Fernanda impecáveis em suas interpretações. E ali ainda no teatro a reflexão, provocada pelo texto de Oscar Wild, pela direção fabulosa de EduardoTolentino, figurino e cenários impecáveis, não sei quem os conceberam.... e não sinto vontade de ir pesquisar porque eu perderia esse fio que me liga agora a palavra. O Grupo Tapa completava seus vinte e cinco anos de teatro... e será que nós Martinopolenses daremos nossa face ao tapa da cultura?
Volto com fome de produzir, de colaborar, de ser compreendido quando algumas amigos tentam me convencer a desistir desse passo para trás. Mas eu já em minhas decisões de não recoar só tenho agora que seguir estrada.... lembrando do Grupo Tapa, lembrando do Balaio, lembrando da dramaturgia de Marcelo Costa, em verberação meus ouvidos escutam a personagem de causa perdida, a dizer que quer sonhar, sonhar, sonhar...
Volto a Martinopole e me parece em emoções nunca contidas que eu vou sim, fazer arte, que eu vou sim levar para a cidade o início da civilização cultural... é claro que não vamos querer tanto, mas eu sei que daqui alguns anos, alguem poderia definir esse meu gesto como um o inicio de tudo.... acho que é estremamente necessario apresentar Martinopole a cultura e vice versa...
Se haverá um encontro com brilho, isto é a segundo tempo.... até aqui apenas o inicio de uma viagem, de um sonho que se abre e se direciona ao vento norte.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Um Olhar Sobre Martinópole I Edital Literário

A partir do dia 01 de abril estará aberto o I EDITAL LITERÁRIO da cidade de Martinópole. Esse edital será denominado UM OLHAR SOBRE MARTINÓPOLE, e tem como objetivo lançar no meio literário os escritores martinopolenses. Visando uma ligação cultural e atuante junto a outras cidades cearenses e brasileiras. A população de Martinópole deverá ficar atenta ao Edital que será publicado oficial na cidade e em alguns meios de comunicação.
Esse Olhar sobre Martinópole surge de uma profunda reflexão sobre o destino cultural da cidade. Diante a ausência de uma gestão cultural é que surge nosso objetivo de registrar, informar, valorizar e resgatar a cidade e seu feitio cultural. A politica dos editais do Memorial vem garantir junto a cidade - a valorização dos cidadãos e cidadãs quanto a ciência do saber e do lazer artístico e social. Membros do Memorial estarão disponibilizando auxilio literário para os interessados no edital.
auxilio literário:
correção de textos
direcionamento artistico para os participantes
oficinas e palestras voltadas para uma visão literária
No edital poderão participar
qualquer pessoa que seja martinopolense
pessoas que residem na cidade por mais de dois anos...
da obra:
Os trabalhos escritos serão publicados em um livro
mil exemplares na primeira edição
uma iniciativa
do Memorial Simeão Moreira
Casa da Cultura Martinopolense Antônio Marcelo

terça-feira, 4 de março de 2008

Estatuto do Memorial Simeão Moreira Casa da Cultura Martinopolense

MODELO DE ESTATUTO DE ASSOCIAÇÃO
CAPÍTULO I - DA DENOMINAÇÃO, SEDE E FINS
Art.1º – A(o) MEMORIAL SIMEÃO MOREIRA também designada (o) pelo nome de fantasia CASA DA CULTURA MARTINOPOLENSE ANTÔNIO MARCELO fundada (o) em 08 de março de 2007 é uma associação, sem fins econômicos, que terá duração por tempo indeterminado, sede no Município de Martinópole, Estado do Ceará, na rua (avenida) Manoel Feijó 293 (Centro) e foro em Martinópole....
Art.2º - A Associação tem por finalidade(s) Promover a cultura martinopolense e seus artistas
Art.3º – No desenvolvimento de suas atividades, a Associação não fará qualquer discriminação de raça, cor, sexo ou religião.
Art.4º – A Associação poderá ter um Regimento Interno, que aprovado pela Assembléia Geral, disciplinará o seu funcionamento.
Art.5º – A fim de cumprir sua(s) finalidade(s), a Associação poderá organizar-se em tantas unidades de prestação de serviços, quantas se fizerem necessárias, as quais se regerão pelo Regimento Interno.
CAPÍTULO II - DOS ASSOCIADOS
Art.6º – A Associação é constituída por número ilimitado de associados, que serão admitidos, a juízo da diretoria, dentre pessoas idôneas.
Art. 7º - Haverá as seguintes categorias de associados:

1) – Fundadores, os que assinarem a ata de fundação da Associação;

2) – Beneméritos, aqueles aos quais a Assembléia Geral conferir esta distinção, espontaneamente ou por proposta da diretoria, em virtude dos relevantes serviços prestados à Associação.

3) – Honorários, aqueles que se fizerem credores dessa homenagem por serviços de notoriedade prestados à Associação, por proposta da diretoria à Assembléia Geral;

4) – Contribuintes, os que pagarem a mensalidade estabelecida pela Diretoria.Art. 8º – São direitos dos associados quites com suas obrigações sociais:

I – votar e ser votado para os cargos eletivos;
II – tomar parte nas assembléias gerais.

Parágrafo único. Os associados beneméritos e honorários não terão direito a voto e nem poderão ser votados.
Art. 9º – São deveres dos associados:

I – cumprir as disposições estatutárias e regimentais;

II – acatar as determinações da Diretoria.
Parágrafo único. Havendo justa causa, o associado poderá ser demitido ou excluído da Associação por decisão da diretoria, após o exercício do direito de defesa. Da decisão caberá recurso à assembléia geral.
Art. 10 – Os associados da entidade não respondem, nem mesmo subsidiariamente, pelas obrigações e encargos sociais da instituição.
CAPÍTULO III - DA ADMINISTRAÇÃO
Art. 11 – A Associação será administrada por:

I – Assembléia Geral;

II – Diretoria; e

III – Conselho Fiscal.
Art. 12 – A Assembléia Geral, órgão soberano da instituição, constituir-se-á dos associados em pleno gozo de seus direitos estatutários.
Art. 13 – Compete à Assembléia Geral:

I – eleger a Diretoria e o Conselho Fiscal;
II – destituir os administradores;
III – apreciar recursos contra decisões da diretoria;
III – decidir sobre reformas do Estatuto;
III – conceder o título de associado benemérito e honorário por proposta da diretoria;
IV – decidir sobre a conveniência de alienar, transigir, hipotecar ou permutar bens patrimoniais;
V –decidir sobre a extinção da entidade, nos termos do artigo 33;
VI – aprovar as contas;
VII – aprovar o regimento interno.
Art. 14 – A Assembléia Geral realizar-se-á, ordinariamente, uma vez por ano para:

I – apreciar o relatório anual da Diretoria;

II – discutir e homologar as contas e o balanço aprovado pelo Conselho Fiscal.

Art. 15 – A Assembléia Geral realizar-se-á, extraordinariamente, quando convocada:
I – pelo presidente da Diretoria;

II – pela Diretoria;
II – pelo Conselho Fiscal;
III – por requerimento de 1/5 dos associados quites com as obrigações sociais.
Art. 16 – A convocação da Assembléia Geral será feita por meio de edital afixado na sede da Instituição, por circulares ou outros meios convenientes, com antecedência mínima de quinze dias.
Parágrafo único – Qualquer Assembléia instalar-se-á em primeira convocação com a maioria dos associados e, em segunda convocação, com qualquer número, não exigindo a lei quorum especial.
Art. 17 – A Diretoria será constituída por um Presidente, um Vice-Presidente, Primeiro e Segundo Secretários, Primeiro e Segundo Tesoureiros.
Parágrafo Único – O mandato da diretoria será de 01 anos, vedada mais de uma reeleição consecutiva.
Art. 18 – Compete à Diretoria:
I – elaborar e executar programa anual de atividades;
II – elaborar e apresentar, à Assembléia Geral, o relatório anual;
III – estabelecer o valor da mensalidade para os sócios contribuintes;
IV – entrosar-se com instituições públicas e privadas para mútua colaboração em atividades de interesse comum;
V – contratar e demitir funcionários;
VI – convocar a assembléia geral;
Art. 19 – A diretoria reunir-se-á no mínimo duas vezes ao mês
Art. 20 – Compete ao Presidente:

I – representar a Associação ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente;
II – cumprir e fazer cumprir este Estatuto e o Regimento Interno;
III – convocar e presidir a Assembléia Geral:
IV – convocar e presidir as reuniões da Diretoria;
V – assinar, com o primeiro tesoureiro, todos os cheques, ordens de pagamento e títulos que representem obrigações financeiras da Associação;
Art. 21 – Compete ao Vice-Presidente:
I – substituir o Presidente em suas faltas ou impedimentos;
II – assumir o mandato, em caso de vacância, até o seu término;
III – prestar, de modo geral, a sua colaboração ao Presidente.
Art. 22 – Compete o Primeiro Secretário:
I – secretariar as reuniões da Diretoria e Assembléia Geral e redigir as atas;
II – publicar todas as notícias das atividades da entidade
Art. 23 – Compete ao Segundo Secretário:
I – substituir o Primeiro Secretário em suas faltas ou impedimentos;
II – assumir o mandato, em caso de vacância, até o seu término; e
III – prestar, de modo geral, a sua colaboração ao primeiro secretário.
Art. 24 – Compete ao Primeiro Tesoureiro:

I – arrecadar e contabilizar as contribuições dos associados, rendas, auxílios e donativos, mantendo em dia a escrituração;
II – pagar as contas autorizadas pelo Presidente:
III – apresentar relatórios de receita e despesas, sempre que forem solicitados:
IV – apresentar o relatório financeiro para ser submetido à Assembléia Geral;
V – apresentar semestralmente o balancete ao Conselho Fiscal;
VI – conservar, sob sua guarda e responsabilidade, os documentos relativos à tesouraria;
VII – manter todo o numerário em estabelecimento de crédito;
VIII – assinar, com o presidente, todos os cheques, ordens de pagamento e títulos que representem obrigações financeiras da Associação;
Art. 25 – Compete ao Segundo Tesoureiro:

I – substituir o Primeiro Tesoureiro em suas faltas ou impedimentos;
II – assumir o mandato, em caso de vacância, até o seu término;
III – prestar, de modo geral, a sua colaboração ao Primeiro Tesoureiro.
Art. 26 – O Conselho Fiscal será constituído por quatro membros, e seus respectivos suplentes, eleitos pela Assembléia Geral.

§1º – O mandato do Conselho Fiscal será coincidente com o mandato da Diretoria.
§2º – Em caso de vacância, o mandato será assumido pelo respectivo suplente, até seu término.
Art. 27 – Compete ao Conselho Fiscal:

I – examinar os livros de escrituração da entidade;
II- examinar o balancete semestral apresentado pelo Tesoureiro, opinando a respeito;
III – apresentar relatórios de receitas e despesas, sempre que forem solicitados.
IV – opinar sobre a aquisição e alienação de bens.
Parágrafo Único – O Conselho reunir-se-á ordinariamente a cada mês, extraordinariamente, sempre que necessário.
Art. 28 – As atividades dos diretores e conselheiros, bem como as dos associados, serão inteiramente gratuitas, sendo-lhes vedado o recebimento de qualquer lucro, gratificação, bonificação ou vantagem.
Art. 29 – A instituição não distribuirá lucros, resultados, dividendos, bonificações, participações ou parcela de seu patrimônio, sob nenhuma forma ou pretexto.
Art. 30 – A Associação manter-se-á através de contribuições dos associados e de outras atividades, sendo que essas rendas, recursos e eventual resultado operacional serão aplicados integralmente na manutenção e desenvolvimento dos objetivos institucionais, no território nacional.
CAPÍTULO IV - DO PATRIMÔNIO
Art. 31 – O patrimônio da Associação será constituído de bens móveis, imóveis, veículos, semoventes, ações e apólices de dívida pública.
Art. 32 – No caso de dissolução da Instituição, os bens remanescentes serão destinados a outra instituição congênere, com personalidade jurídica, que esteja registrada no Conselho Nacional de Assistência Social – CNAS ou entidade Pública.
CAPÍTULO V - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 33 – A Associação será dissolvida por decisão da Assembléia Geral Extraordinária, especialmente convocada para esse fim, quando se tornar impossível a continuação de suas atividades.
Art. 34 – O presente estatuto poderá ser reformado, em qualquer tempo, por decisão de 2/3 (dois terços) dos presentes à assembléia geral especialmente convocada para esse fim, não podendo ela deliberar, em primeira convocação, sem a maioria absoluta dos associados, ou com menos de 1/3 (um terço) nas convocações seguintes, e entrará em vigor na data de seu registro em cartório.
Art. 35 – Os casos omissos serão resolvidos pela Diretoria e referendados pela Assembléia Geral.O presente estatuto foi aprovado pela assembléia geral realizada no dia o8/março./2008Cidade, em Martinópole, 08 de março de 2008.Nome e assinatura do presidente

Antônio Marcelo Carneiro

segunda-feira, 3 de março de 2008

Memória Minha de Fatos Importantes Mas Sem Importância, Ou de Fatos Sem Importãncia Mas Importantissimos

Estava, hoje, eu pensando sobre a vida, sobre o caminho que nós somos perfeitamente capazes de construir ou destruir. Ou não pensava exatamente sobre isso, e sim sobre a forma que nos posicionamos diante de nós, dos nossos ideais. Eu tinha em mãos agora a pouco, o livro Didascália, de Marcelo Farias Costa, e diante de minhas retinas passaram cenas de peças que assistir, de fichas técnicas que li e muitas delas, estava meu nome. E remeto isso a minha volta a Martinópole, onde eu vejo espaço que poderiam ser utilizados em beneficio da arte e da cultura martinpolense. Temos o Salão Paroquial, que eu Antônio Marcelo, Micaelly Barros, Gracinha Braga, Dorinha, Gorete Dourado, Elitânia do Osmar, Wanderly Barros, Frances Kennedy, Kiko Barros, Socorro e Carmelita Oliveira, Elialda, o pessoal de uruoca que veio contribuir: Maria Otilia, Evilânia Fonseca, Menta Brás e outros que infelizmente não lembro no momento; inegável tambem a fantástica apresentação da juventude de senador sá, que nos embalou ao ritmo de uma dança frenética, bem elaborada, uma das dançarinas era a Valdênia que trazia em sua barriga um desenho que não memorizo, mas se não so utraido pela memória era um arco iris...
e enfoco aqui, a importância de se fazer um registro sobre as manifestações, sobre o caminho que devemos traçar, sem registro não há o que ser comprovado. Lembro com felicidade , a minha casa lotada com as pessoas que vieram de senador sá dar sua contribuição a cidade de martinópole, sem esquecer tendo a frente disso o padre César. A noite na praça, faltou energia, o Chico Maravilha embalava a juventude com músicas violadas, com alegria. Não há o que discutir, no final dos anos oitenta tivemos a melhor praça, tinha uma parte alta, especie de um palco, a praça era florida... assim como os sonhos daquela juventude. Ali na praça, eu acalentava meu sonho de ser ator, de ser artista, de ir alem do que a minha pobre cidade poderia me oferecer. Depois o Kiko, começou a escrever um romance, e quase toda noite lia para mim, na praça. Eu era o primeiro a ouvir sua escrita... mas isto já era influência que recebiamos de Tânia Salomé, que tinha escrito FUGA DA REALIDADE.
no palco do salão paroquial de Martinópole estão as minhas impressões digitais, ele fez parte do meu curriculo, da minha história que prossegue na mansidão do sopro....
engraçado, em 2005, levei a minha peça teatral AMIGOS PARA SEMPRE para Martinópole, e tinha como objetivo apresenta-la no palco que me embalou nos anos oitenta. E que em 1996, eu havia feito o lançamento do meu livro - ENQUANTO O AMOR FOR MAIOR - E o padre atual da cidade, nem me recebeu... Mandou uma moça me dizer um não. Esse palco não poderia ter apresentações teatrais.(?) A importância de eu voltar ao palco do salão paroquial era histórica para mim, era um laço sentimental que me ligava a ele...
E fico em silêncio... fecho esse blog em silêncio e não passivo de meus ideiais.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Mulher e Sociedade por Antonio Marcelo Carneiro

PALESTRA

MULHER E SOCIEDADE: Mulher pensa
Palestrante Antonio Marcelo carneiro


Desde os primórdios da humanidade, de toda e qualquer civilização a mulher está presente. E algumas exercem os papeis que lhes são dados. Mulheres de todas as cores, raças e idades, oprimidas, revolucionarias, atuantes e atordoadas. Algumas com papeis de destaque, políticas, alfabetizadas, analfabetas, sendo protagonistas da própria história ou coadjuvantes da própria vida. Mulher tem seio e anseio. A mulher sente e se sente obrigada a ser: a mulher, a mãe, a cidadã, sempre respeitável, a dona do lar, a empregada sem remuneração. E traz consigo o desejo de ser feliz. Há canções que fazem referência a todo tipo de mulher....e há uma que diz que toda mulher nasceu para morrer de amor... outras gritam, olham no olho e se mostram valentes, capazes, conseguem furar o cerco, o circo onde ela não deveria protagonizar, mas ela quer e vai protagonizar.

Onde se criou o conceito da fragilidade da mulher? Ela perde na força física, mas há uma fonte energizadora que não seca, a mulher tem útero, e sua força parece vir dele. Mulher pensa quando não aceita ser passiva, quando não cala sua voz, e nem treme quando alguém grita,. A mulher não veio para amparar o homem, nem o mundo. Ela veio para somar. E esta soma não se deu ainda com exatidão. O conceito social não deixa, mas a mulher que pensa insiste, resiste. É preciso no exercer do ser mulher, recolher da sociedade o epílogo forjado onde se diz e se mostra a mulher inferior. A mulher é capaz, é tenaz. E você? Você se mostra? Você se integra, e se entrega na concepção do que é ter mente, corpo, voz? A mulher no sistema que a ela foi imposto, ela se torna atriz por representar o que ela não é ou não deveria ser. A mulher se oprime mas não é opressora, serve e não é servida. E já que esta não é sua identidade real, ela apresenta uma identidade funcional. A mulher já nasce cheia de funções, ela priva as próprias emoções. O meio provoca na mulher o silêncio assassino do que ela é. O ser feminino traz consigo o “EU” – um pronome já próprio da própria culpa. A mulher respira por seu homem, seu marido, e para muitos deles, ela não inspira nem um ponto determinante na confiança. O machismo não encontra no feminismo o confiável. E o feminismo não comunga com essa culpa implantada. A mulher enfrenta o mau humor, o alcoolismo, a TPM, a depressão, o psicologicamente afetado e o social em distanciamento e diz que não. A mulher tem cruz e carrega em seus ombros. Ela sabe que o seu “EU” foi moldado numa casca dura, e acha o que não é comum, normal. Nada é normal. Enfrentar-se é permitido. Conhecer-se é um gesto nobre. Amar se traduz no somar com o outro. A mulher não pode ser figurante no sucesso de quem quer que seja. Pode ser sim, mutável, ser degraus e nunca uma escada. O que está dentro da mulher? O que vem de dentro? O que é defeito? Quem aponta esses defeitos? O homem pode, a mulher não! Que cretinice foi essa merecedora de aplausos? Homens e mulheres podem, ou homens e mulheres não podem!

A guerra dos sexos é interminável. É corrente, é recorrente do próprio ser humano: concorrência, mercado, trabalho,família, amor, sexo. Como administrar essa disputa que não respira, que não cessa, que não tem fim? As mulheres com o passar dos tempos, ensaiaram a mudança de valores, a quebra de tabus, aprenderam a se impor, e mudaram os valores, o comportamento, a forma de ver, de perceber, de sentir. A mulher através de causas pessoais, coletivas, comunitárias, universais, humanitárias se engajou em lutas intermináveis, conseguiu registrar seu nome na história. Aplausos para Olga Benário, irmã Dulce, Joana Dark, Lady Di, Maria Luiza Fontenele, Rosa da Fonseca, Maria da Penha, Bárbara de Alencar, Winne Mandela, Gloria Peres. Aplausos para aquelas mulheres de Atenas que conseguiram por fim a guerra. Aplausos para aquelas mulheres de vidas escondidas e sofridas na favela, aplausos para que elas possam sentir a energia e seguir em frente. Aplausos para a mulher sobrevivente, que sobreviveu e agora pode contar. Mulher vota, homem vota, mulher canta, homens também cantam. Homens e mulheres administram casas, empresas, cidades, países. O homem lutou para organizar a sociedade, a mulher avançou no tempo para fazer parte dessa sociedade construída para ela não participar. Aqui a mulher é atrevida e diz não ao que aqui ela foi imposto. Primeiro vieram as bruxas, as renegadas, as excomungadas pela própria igreja. A primeira fragilidade foi imposta a Lilith, mas esta se rebelou:

Depois veio Eva como um ser não pensante. Eva se deixou seduzir? Depois se tornou sedutora. A mulher serpente. O pecado é implantado na mulher, no principio do mundo. Muito antes de haver alguma coisa, havia o nada. Tudo era escuro, e alguém veio e pensou, alguém pensou e venceu a força bruta. Os mais frágeis vivem aprisionados, se tornando incapazes e até quando? Só os sobreviventes poderão contar a história.

Há trajetórias percorridas, percorríveis, lutas em favor da emancipação, da percepção do ser mulher, um ser pensante, mulher pensa. Mulher não administra apenas a sua condição imposta, que é a fragilidade, a obediência, a subserviência. Mulher também rasga o verbo, pede licença e vai a luta. Mulher tem um papel ativo na sociedade, mas parece que esse papel não está apto a se mostrar, porque o machismo não comunga com o direito da mulher mãe, da mulher cidadã, da mulher família, da mulher um ser sociável que advoga seus próprios interesses. (se olhe no espelho) Quem é você? Você ama? Você odeia? Você constrói? Você destrói? Você vai a luta? Você se respeita e respeita o seu companheiro? Ou você o teme?

Casamentos felizes ou infelizes se constroem no primeiro encontro! Depois a rotina vira bagunça, ninguém respeita mais o outro. Todo ser tem uma individualidade que é só dele e não pode ser dividida; e os dois esquecem que são dois na privação de algo coletivo que se partilha. O caminho construído a dois deve ser somado, mas a individualidade inter pessoal nunca. Mães preparam seus filhos para o mundo ou para se mesmas? Que exemplo de coragem e determinação, elas podem passar para os seres gerados por elas? O que você enquanto mulher está fazendo por sua espécie? Depois de um avanço significativo, passando por Eva Perón, Adelaide Cabete, Maria Clara Machado, Tarsila do Amaral, Anita Garibaldi, Bidu Saião... Estamos hoje atrelado a moda da eguinha pocotó ao grito das cachorras. A mulher lutou tanto por representatividade, por direitos e dignidade. E agora uma nova safra de mulheres tende a qualquer preço joga tudo no esgoto. Arregace as mangas, diga não a essa barbaridade exposta do erotismo vulgar. A mulher traz renúncia, ela renuncia incondicionalmente. Por que? Para que? Quando há renúncia, ela se dá por que? Quais expectativas são criadas entre tantas outras quando há pré disposição as renúncias?

O papel da mulher é interminável, é debulhável assim como o oficio da fé. Mulher comunga com a natureza, ela cria, recria, enfeita, colore, ela se doa pelo ato da doação. Mulheres resistem a malicia da outra mulher: a mulher pistoleira, a mulher ameaçadora da paz familiar. A mulher amante e sem compromisso com ela mesma, perturba o laço matrimonial da outra. Mas essa mulher ferina, loba, leoa não faz isso sozinha. Há uma interferência permitida. A mulher que é condenada por invadir o lar da outra, ela recebe junto de tantas injúrias e difamação um aval ou uma carta branca para isso. Ela invade porque o homem da outra permite. Mas ele é homem e pode! Homem não pode ser canalha.

É para ser muito sentido saber que alguém acha isso de fato e direito correto do ser macho. Não pode nada. O homem é para defender seu ninho e a mulher suas crias, e vice versa. A mulher nefasta, pistoleira de plantão se torna rival da mulher bondade e santíssima. Isso é uma guerra social. Uma guerra promovida pela falta de dignidade, pela falta do direcionamento humano. E a mulher quando se propõe a entrar no matrimonio alheio, ela está anulando uma condição sua que é ser a primeira mulher. Mas nisso entram valores que cabe a cada um discutir consigo mesmo. Há todo um contexto que precisa ser avaliado. Mas é preciso aceitar uma verdade que é saber – nós não conseguimos ser felizes com a infelicidade do outro. Estamos aqui para somar. É bom que isso seja sempre lembrado. O homem da outra pode dá a uma outra mulher o que? Momentos reservados a ela, na ausência da outra. Saiba que você também merece mais. Nos temos um compromisso conosco mesmo que é sermos felizes.... e não há qualquer preço para isso. Tudo que a gente faz vai e volta para nós. Assim como o cordão umbilical que não se desprende. Ser a outra também traz muitas renuncias. E a principal delas é não ter ao seu lado um homem sempre presente. Exista uma vaidade humana que é apresentarmos socialmente aqueles que amamos. Mas todas são de carne e osso, humanas com falhas, somos falíveis ou infalíveis depende de como nos posicionamos diante de nós mesmos. Mas a mulher precisa de atitude, ação, verbo, precisa sentir e pensar. Se junte as mulheres do mundo, são muitas aquelas que estão dispostas a manchar essa história na invenção de uma nova sociedade. Não seria egoísmo vê Joana Dark na fogueira e deixar que ela morra, e permanecer de braços cruzados? Joana Dark morre por que é mulher e morreu porque se encontrava sozinha, a emoção dela a flor da pele, ela a tremer, mas digna, sob o domínio do fogo, e naquele momento a única coisa que eles, os poderosos não conseguiram fazer foi que ela pedisse perdão nem desculpas. Sua voz não se calou, o verbo de Joana Dark foi feroz. Ela não se rendeu, ela dignificou a coragem feminina. E outras mulheres assistiam tudo passivas, e o máximo que podiam fazer era sentirem seus corações agitados, mas em silêncio, e silenciadas elas apenas lamentavam ou concordavam. O sistema dominante não dava a elas voz nem vez. A mulher amordaçada precisa se libertar, a mulher espancada, vitima da violência doméstica precisa se amar. Amor não é dependência psicológica. O que não soma se separa. Mulher é dona de si, assim como o homem é dono de si, mas não é para ser esquecida a responsabilidade. A sociedade não precisa de falso moralismo, e é isto que temos vivido ao longo dos séculos. Precisamos, estamos precisados da moralização de nós mesmos. Que rumo vai tomar a tua vida? Onde teve inicio aquele ponto de partida, os projetos de vida deram em que? Em algo concreto? Em extrato de névoa, em nada? Você desistiu de si mesma ou foi obrigada a desistir? Por que? E se foi obrigada, cadê sua coragem? O companheiro que entrou na sua vida, ele foi capaz de lhe fazer feliz, ou apenas momentos bons foram proporcionados na sua fantasia de um ser carente, vitimado pela própria condição? Sua vida como está? Dê essa resposta a você mesma, você mercê esta resposta sincera. Pegue o espelho, mais uma vez... se olhe, se mostre, se revele. Você existe. Você não é a roupa que está vestida, você tem carne, osso, sangue nas veias, você é um ser pensante. Embora não seja possante. A boca não é somente uma partitura do corpo preparada para a exibição do batom. A boca fala, quando o raciocionio se manifesta.

Medo assombra. Medo amedronta. Medo priva a mulher de ser mulher... Gente é para brilhar! Essa palestra traz a tona um convite ao conhecimento, para a busca incessante de sabermos o que somos enquanto seres transformadores. Temos um papel social e ele precisa ser exercido. Essa palestra propõe ainda um passeio por raciocínios nunca antes explorados. É possível que todo mundo se identifique com algum ponto de chegada. O tema da palestra é universal. Foram adormecidos os sonhos de menina, a brincadeira de roda, a casinha de boneca agora é real que é o seu próprio lar. O que mudou? Quem era você? O que você é hoje? E o que será amanhã, depois e daqui alguns anos? Pense, mulher é para pensar...
Por tanto, sejam todas bem vindas!

Ponto 1

Qual a origem da mulher? Quando ela foi registrada na história? Que condição humana e social foi dada a ela? A mulher veio da costela de Adão para que ele não se sentisse só. Isto é bíblico, mas os cientistas e outros estudiosos discordam dessa versão.

LILITH

O primeiro capitulo da Bíblia, conta a história de Adão e Eva... mas segundo o Zohar (comentário rabínico dos textos sagrados), Eva não é a primeira mulher de Adão. Quando Deus criou o Adão, ele fê-lo macho e fêmea, depois cortou-o ao meio, chamou a esta nova metade Lilith e deu-a em casamento a Adão. Mas Lilith recusou, não queria ser oferecida a ele, tornar-se desigual, inferior,e fugiu... Deus tomou uma costela de Adão e criou Eva, mulher submissa, dócil, inferior perante o homem.De acordo com Hermínio, "Lilith foi feita por Deus, de barro, à noite, criada tão bonita e interessante que logo arranjou problemas com Adão". Esse ponto teria sido retirado da Bíblia pela Inquisição. O astrólogo assinala que ali começou a eterna divergência entre o masculino e o feminino, pois Lilith não se conformou com a submissão ao homem. O mito de Lilith pertence à grande tradição dos testemunhos orais que estão reunidos nos textos da sabedoria rabínica definida na versão jeovística, que se coloca lado a lado, precedendo-a de alguns séculos, da versão bíblica dos sacerdotes. Sabemos que tais versões do Gênesis - e particularmente o mito do nascimento da mulher - são ricas de contradições e enigmas que se anulam. É deduzido que a lenda de Lilith, primeira companheira de Adão, foi perdida ou removida durante a época de transposição da versão jeovística para aquela sacerdotal, que logo após sofre as modificações dos pais da igreja.No Talmude, ela é descrita como a primeira mulher de Adão. Ela brigou com Adão, reivindicando igualdade em relação a seu marido, deixando-o "fervendo de cólera". Lilith queria liberdade de agir, de escolher e decidir, queria os mesmos direitos do homem mas quando constatou que não poderia obter status igual, se rebelou e, decidida a não submeter-se a Adão e, a odiá-lo como igual, resolveu abandoná-lo. Segundo as versões aramaica e hebraica do Alfabeto de Ben Sirá (século 6 ou 7). Todas as vezes em que eles faziam sexo, Lilith mostrava-se inconformada em ter de ficar por baixo de Adão, suportando o peso de seu corpo. E indagava: "Por que devo deitar-me embaixo de ti? Por que devo abrir-me sob teu corpo? Por que ser dominada por ti? Contudo, eu também fui feita de pó e por isso sou tua igual." Mas Adão se recusava a inverter as posições, consciente de que existia uma "ordem" que não podia ser transgredida. Lilith deve submeter-se a ele pois esta é a condição do equilíbrio preestabelecido. Vendo que o companheiro não atendia seus apelos, que não lhe daria a condição de igualdade, Lilith se revolta, pronuncia nervosamente o nome de Deus, faz acusações a Adão e vai embora.....
é o momento em que o Sol se despede e a noite começa a descer o seu manto de escuridão soturna, tal como na ocasião em que Jeová-Deus fez vir ao mundo os demônios. Adão sente a dor do abandono; entorpecido por um sono profundo, amedrontado pelas trevas da noite, ele sente o fim de todas as coisas boas. Desperto, Adão procura por Lilith e não a encontra: Procurei-a em meu leito, à noite, aquele que é o amor de minha alma; procurei e não a encontrei" (Cântico dos Cânticos III, 1). Lilith partiu rumo ao mar vermelho....

A primeira mulher da história da humanidade se recusou a ser como queriam que ela fosse... e como se rebelou implantou-se nela o mito do demônio. A mulher desobediente... mas como aqui não viemos discutir religião a conclusão é de cada uma de vocês. É lembrado que cada vez que alguém transgride os costumes impostos, esse alguém é renegado pelo sistema...

",e é o seu caráter demoníaco que leva a mulher a contrariar o homem e o questionar em seu poder. " - Isto foi dito e passado adiante pelos senhores da época.

Alguns escritos contam que Adão queixou-se a Deus sobre a fuga de Lilith e, para compensar a tristeza de Adão, Deus resolveu criar Eva, moldada exatamente como as exigências da sociedade patriarcal. A mulher feita a partir de um fragmento de Adão. É o modelo feminino permitido ao ser humano pelo padrão ético judaico-cristão. A mulher submissa e voltada ao lar.
Dizem que Deus enviou três anjos para convencerem Lilith a voltar, mas ela se tornou cada vez mais revoltada diante os argumentos que ouvia.

Lilith está irredutível e transformada. Ela desafiou o homem, profanou o nome do Pai e foi ter com as criaturas das trevas. Como poderia voltar ao seu esposo? Os anjos ainda ameaçaram: "Se desobedeces e não voltas, será a morte para ti." Lilith , entretanto, em sua sapiência demoníaca, sabe que seu destino foi estabelecido pelo próprio Jeová-Deus. A partir daí, Lilith assume plenamente sua natureza de demônio feminino, voltando-se contra todos os homens, de acordo com o folclore assírio, babilônico e hebraico.

Durante os primeiros séculos da era cristã, o mito de Lilith ficou bem estabelecido na comunidade judaica. Lilith aparece no Zohar, o livro do Esplendor, uma obra cabalística do século 13 que constitui o mais influente texto hassídico e no Talmude, o livro dos hebreus. No Zohar Hadasch (seção Utro, pág. 20), está escrito que Samael - o tentador - junto com sua mulher Lilith, tramou a sedução do primeiro casal humano. E essa foi a causa da mortalidade humana. O Talmude menciona que "Quando a serpente envolveu-se com Eva, atirou-lhe a mácula cuja infecção foi transmitida a todos os seus descendentes.

Aqui isto não deve ser discutido. O relevante, o mais importante é saber que ela, a mulher existe. A própria bíblia aponta que os homens de épocas passadas podiam ter varias mulheres, mas não registra que a mulher tivesse o mesmo direito. Bem recente, a novela o clone, de Gloria Perez, trazia essa cultura mulçumana. Algo parece e está errado. A historia é assim... Na bíblia é assim... E assim deve ser. Tudo que está em volta de nós deve ser questionável. Todo ser que prima pela inteligência é questionador. Tudo deve ser questionado, principalmente quando coloca alguém ou alguma coisa em segundo plano ou em planos decrescentes. A mais simples das perguntas deve permanecer sempre: Por que? E quem pergunta espera resposta. As culturas orientais e ocidentais são por si recheadas de falsos preceitos. Em nome de Deus, os homens sanguinários fizeram a guerra, aprisionaram muitos povos, escravizaram negros, renegaram a escória do prazer a delicadeza da mulher.

Nós homens e mulheres nos criamos rodeados de preconceitos, de conceitos pré-concebidos, ou seja, antes de conhecermos já estamos julgando, condenando ou absolvendo o que nem sempre é credor de inocência. Somos motorizados por forças alheias as nossas. Enfrentamos dentro de nós muitos tipos de preconceito: o preconceito por sermos pobres, negros, interioranos, nordestinos, deficientes, latinos. O preconceito existe e não adianta mascarar essa verdade. A mulher sofre o preconceito da gordura, da celulite, da flacidez, da carne, do envelhecimento. E na luta contra isso, muitas mulheres têm sido adeptas das plásticas, do bisturi, do silicone, da bunda de plástico, da cara esticada, etc. A mulher tem se mutilado, tem se tornado escrava da beleza, põe a própria vida em risco, e tudo isso anula a identidade do tempo. Os tabus precisam ser vencidos, derrubados em nome da inteligência. Mulher não é objeto do desejo, não é o conjunto da cobiça masculina. Mulher é um ser pensante e deve comportar-se como tal.

A Mulher na Religião I

As grandes religiões atuais são baseadas em figuras e princípios masculinos. Deus, sacerdotes, santos, profetas e iluminados são homens ou são representados por homens. Grandes religiões como a Cristã, Islâmica e Judaica confrontam-nos com uma longa sucessão de figuras paternas e de valores patriarcais. Nas religiões Celtas, conhecidas como “antiga religião” a mulher sempre desempenhou um papel fundamental. O conceito da mulher como criadora de vida é o alicerce destas religiões. O poder da fêmea e a sua capacidade de produzir vida são considerados sagrados, o parto é considerado místico e poderoso. A mulher é o elemento que completa o homem, o homem o elemento que completa a mulher. Como dia e noite, céu e terra, ar e água. Yin e Yan. Infelizmente, estes conceitos representavam uma ameaça à ascensão de uma Igreja predominantemente masculina, e por isso o sagrado feminino foi demonizado e declarado impuro. Foi o homem, e não Deus, que criou o conceito de «pecado original», em que Eva prova a maçã e provoca a queda da raça humana. A mulher em tempos criadora de vida, passava a ser inimiga. A filosofia Cristã decidiu defraudar o poder criativo da fêmea, ignorando a verdade biológica e fazendo do homem o Criador. O Gênesis diz-nos que Eva foi feita a partir de uma costela de Adão. A mulher tornou-se um rebento do homem. E um rebento pecaminoso, ainda por cima. Talvez por isso, cada vez mais mulheres modernas estejam a voltar-se para religiões pagãs como a Wicca. Talvez porque a igualdade entre homens e mulheres precise de se refletir, também, na religião.

Voltando ao principio, por que será que a serpente seduziu Eva e não Adão? E por que foi Eva quem levou Adão ao pecado? A mulher já nasce culpada. Ela não consegue se desprender disso. A lei e a culpa são fortes e severas.

No século XXI, ainda existem mulheres que só conseguem comprar um perfume, uma blusa escondida do marido, porque ela tem a certeza que ele vai reclamar... uma mulher tem o direito negado de abraçar um amigo porque o marido se ver ou souber, vai armar o maior barraco e será capaz de verbalizar ofensas. E quem silencia está permitindo. Todas essas mazelas filhas do machismo são afrontas a dignidade da mulher. Você não é saco de pancada. E as que se tornam, as que permitem ser, precisam urgentemente revisar sua condição feminina e pré estabelecer que não está disposta a levar a vida inteira nessa dependência psicológica. A mulher precisa desarmar o sistema machista e capitalista que é promovente da desordem universal, que propaga a guerra, a desvalorização do ser mulher, esse sistema que temos é que deixa o assassino, o traficante, o estuprador impune.

Política

Sempre ouvimos alguém falar: tenho nojo de política. Há um texto do Bertolt Bretch que fala sobre esse analfabetismo gritante que é não participar, não fazer parte da decisão que envolve todo um sistema que é peculiar a nossa sobrevivência, nossos hábitos, etc. É a política que comanda toda a conjuntura familiar de todo mundo. E nesse conjuntura familiar entra todo o nosso processo de vida, desde a televisão que assistimos até a comida colocada em nossa mesa. A história também conta que a política era feita por homens... que a mulher não tinha participação nenhuma. Para o sistema ela também era incapaz, só em 1930, é que a primeira mulher brasileira se inscreve para votar no Brasil.... Foi a potiguar de Mossoró, Celina Guimarães, a primeira mulher a se inscrever para votar no Brasil. Depois disso, elas partem para a linha de frente.... onde a mulher desenterra o mito de Lilith, ela quer ser igual... porque ela é igual. Memorável para o movimento de mulheres, Leila Diniz provocando e desafiando os olhares do Brasil e do mundo, batendo de frente com a linha do conservadorismo. Rose marie Muraro junto de outras companheiras participam ativamente da discussão política em torno da mulher, englobando direito, família, sociedade,. E com isso o sistema dominante se apavora porque ele sabe que suas regras já não sustentam suas invenções. A mulher dominando toda sua inteligência consegue apontar erros na contação da história.

Esse texto abaixo transcrito de um site na internet (Gilda Almeida é vice-presidente da CUT SP
Publicado: 05/03/2007 - 14:29

As mulheres são a maioria da população brasileira: 51,25% pelos números do último censo. Este fator já coloca em destaque a discussão sobre a inserção da mulher na sociedade, assim como os avanços e as debilidades nas políticas públicas de gênero e na luta pelo combate ao machismo. Essa maioria cada vez mais se reflete na composição do mercado de trabalho, sendo que, já no censo de 2000, as mulheres ultrapassavam os 44,1% do mercado, especialmente alocadas no setor de serviços. No entanto, elas são as principais afetadas pela precarização do trabalho e em sua maioria não têm sequer registro em carteira.
Mesmo com avanços nos últimos anos, as desigualdades entre homens e mulheres no mercado de trabalho demonstram o quanto é arraigado o preconceito. As mulheres, ainda que tenham em média a escolaridade superior a dos homens, recebem 30% a menos que estes na ocupação de postos iguais. Além disso, a defasagem das mulheres ocupando cargos de chefia ainda é um obstáculo a ser enfrentado.


A mulher na política

As mulheres estão insuficientemente representadas do ponto de vista político: elas são apenas 46 entre os 513 deputados federais e 14 entre os senadores. Sem dúvida é muito pouco para quem é maioria da população.

Esta defasagem precisa ser combatida. A participação das mulheres na luta política é histórica, seja nos temas específicos da questão de gênero ou nas lutas progressistas de uma forma geral. E é preciso que a participação seja crescente e cada vez mais valorizada e politizada.

Neste sentido, o próximo 8 de março elevará o protagonismo da luta da mulher, especialmente à medida que se conjuguem as bandeiras emancipacionistas e a luta pela paz e contra o imperialismo – temas, aliás, intimamente ligados.

A visita ao Brasil de George W. Bush, o senhor da guerra, terá forte componente simbólico. A luta das mulheres neste 8 de março, cujo tema é “Feministas em luta para mudar o mundo - Por igualdade, liberdade, e autonomia”, terá lugar de destaque também na luta geral dos povos pela paz. A responsabilidade de todo o movimento progressista, em especial o feminista, é dizer em alto e bom som: Somos pela Paz, repudiamos a Guerra! Fora Bush!
O Dia Internacional da Mulher é celebrado a
8 de Março de todos os anos ímpares. É um dia comemorativo para a celebração dos feitos econômicos, políticos e sociais alcançados pela mulher.
A idéia da existência de um dia internacional da mulher foi inicialmente proposta na virada do
século XX, durante o rápido processo de industrialização e expansão econômica que levou aos protestos sobre as condições de trabalho. As mulheres empregadas em fábricas de vestuário e indústria têxtil foram protagonistas de um desses protestos em 8 de Março de 1857 em Nova Iorque, em que protestavam sobre as más condições de trabalho e reduzidos salários.
Este fato levou à uma versão distorcida dos fatos, misturando este evento com o
incêndio na fábrica da Triangle Shirtwaist, que também aconteceu em Nova Iorque, em 25 de março de 1911, onde morreram 146 trabalhadoras. Segundo esta versão, 129 trabalhadoras durante um protesto teriam sido trancadas e queimadas vivas. Este evento porém nunca aconteceu e o incêndio da Triangle Shirtwaist continua como o pior incêndio da história de Nova Iorque.
(fim do texto de Gilda Almeida)

Crise existencial incutido no social.

É comum os psicólogos, os assistentes sócias os psiquiatras, os sacerdotes, os amigos ouvirem em suas salas e casas, o velho bordão: - “ Ruim com ele, pior sem ele.” Essas mulheres que permanecem com esse tipo de relacionamento doentio, esmagador, sufocante estarão cada vez mais presas, unidas a perda, onde perderão o amor próprio. Mas isto são escolhas, embora escolhas erradas, são escolhas. Uma escolha que pode levar e já tem levado o ser humano a desgraça pessoal. E quase sempre só se busca ajuda no amor ou não dor. Um lar construído a base da agressão não pode ser feliz, não pode respirar com leveza. Os promoventes da agressão, ou seja os agressores estão doentes, infelizmente. E com certeza adoeceram todos que estiverem por perto. Uma pessoa doente, estúpida, adoece e faz mal a qualquer um que se aproxime dele. Vier junto nem pensar. E toda e qualquer violência é muito próximo da ignorância. A violência e a ignorância são irmanadas, caminham juntas. Tem mulheres que estão em casa, tranqüilas, sozinhas, mas basta o marido violento chegar que ela perde o chão, ela treme nas bases e não sabe caminhar dentro da própria casa. E isso leva a que? Você vai se permitir ou se permite a isso? Cadê sua coragem? Sua dignidade? Será que alguém de bom senso escolheria para si o pior caminho? Não ninguém escolhe o pior caminho, mas caímos em armadilhas? E dentro desse sufoco onde buscamos ajuda?

- Não posso me separar, tenho um filho, dois, três... como vou Mantê-los?

Essa é a primeira desculpa que se encontra para não obter atitude. Não me separo porque meu filho precisa de um pai. E que tipo de pai o seu marido tem sido? Amoroso, atento, responsável.? Quando a mulher vai escolher um homem para viver ao lado dele e este ser o pai de seus filhos, ela precisa pô-lo na balança... e o homem do mesmo jeito. O homem não está sendo aqui colocado como vilão, e nem é porque ele se criou nesse sistema. Há homens que são também superiores a muitas mulheres no que se refere a ética, a cuidado. Estamos aqui discutido o encontro desses dois mitos que estão em desencontro..... o masculino versus o feminino. E lembrando que o homem ou a mulher que permanece em um casamento desequilibrado por causa dos filhos, está sendo cruel duas vezes. Cruel consigo mesmo e cruel com os filhos. Eles vão adoecer também. A criança vivendo em um ambiente sem harmonia, ela vai se tornar uma criança e futuramente um adulto incapacitado. É preciso ir a luta. O que está sendo abordado aqui é repercussão da maioria dos lares brasileiros, onde o marido é o senhor imperativo e a mulher a submissa por condição. E ela vai acabar morrendo. Há dois tipos de morte. Uma dessas mortes é lenta, pouco a pouco, onde todo dia o ser humano morre um pouquinho. E a outra é que pode ser mais imediata.... um dos dois pode terminar assassinado. O homem quando mata a mulher ou vice versa, antes já houvera o insulto, o empurrão, o tapa na cara, a surra. Ninguém mata na primeira vez.

Ponto 2
Recomeçar.

Recomeçar é pré disposição para mudar o caminho. O ser frágil precisa ser reintegrado ao convívio social, a luta por si mesmo. Clarice Lispector, uma das mais geniais escritoras brasileiras disse que “desistir de si mesma é imoral.” Mas quando ns falta a força, nós desistimos. Passamos a vida idealizando, planejando, e nunca fazemos nada de concreto. Porque estamos a idealizar o companheiro, o amigo, o protetor, e nem sempre ele vai vir. Quem está certo nessa vida? Quem está errado? Quem tem a receita para recomeçar? Está certo quem descobre como ser feliz sem destruir o outro nem a si mesmo. Quem tem dissernimento para construir uma história pautada na honestidade e na verdade absoluta. Será que é interessante sairmos de nossas casas para ouvirmos isto? É interessante sim. Precisamos saber como estamos? Quem somos? E porque temos que ser. Existe um mundo que nós seriamos perfeitamente capazes de construir, mas não fazemos isso. Estamos com preguiça mental, costumamos pensar pouco... e nos deixamos guiar por idéias que não são nossas, repetimos pensamentos que não foram pensados por nós. Recomeçar é ter em mente alguma meta a ser seguida, algum objetivo. Amar? Amar pode ser um objetivo de vida, uma causa. Mas não é uma causa voltada para um projeto individual. Amar é um projeto coletivo. Não é interessante amarmos sozinhos, muito menos mendigar o outro. Os casais têm esquecido de namorar, de se cuidarem, o casamento é uma conquista momentânea. É necessária a sabedoria para levar essa conquista adiante. Ai sim, um deve renunciar em função do outro. Nenhum matrimonio permanece por longos anos impunemente. Os dois precisam colaborar, é uma construção a dois onde os dois precisam ceder.

Quanto tempo você não diz? Te amo. Quanto tempo você ouviu que era amada? Ué, estamos casados há quinze anos, dez, vinte. A gente se ama, mas não diz mais. Por que? É importante dizer... é imprescindível o dialogo. É de suma importância, você aprender a se cuidar e cuidar mais e exija com amor ser cuidada também. Não esqueça a mulher pistoleira de plantão. Ela está ai provocando, se mostrando, se insinuando. Têm tantas coisas simples que podem tornar a vida melhor, mais humana, mais saudável. É preciso saber superar os problemas, fazer os ajustes. Sem se anular. Algumas mulheres dizem: - “Meu marido é um morto nas calças, não tem atitude para nada”. Esta é uma característica dele, respeite. Mas com muita sutileza incentive-o a ser forte. Lembre-se que homens também têm suas fragilidades. Homem deve chorar sim. Aquele velho bordão que homem não chora é patético! Homem não se fez pedra, ele também é humano, de carne e osso. Há um tipo de mulher que quando o marido arranja uma amante, ela sai comunicando as amigas, que o marido não presta, que tem outra, que deixou faltar o mercantil em casa, etc, etc. ela alarma aos quatro cantos que foi traída. Isso não resolve, só a deixa mais infeliz. Cada vez que ela se propõe a propagar sua vida miserável, ela se propõe a sofrer. Lamentar não é um gesto inteligente. Ter uma atitude a dignificaria em todos os aspectos. Mulher tem atitude. Separar? - Não. Nem pensar! O que é que os outros não vão pensar? Sinto muito, mas ninguém poderá ser feliz por você. Ou você é feliz ou não é! Isto também é uma escolha sua. Somos livres para fazermos nossas escolhas mínimas ou múltiplas. E a vida vai querer saber de tudo mais tarde. Temos essa prestação com ela mesma. Toda liberdade ou prisão que escolhemos ela tem um acerto de conta natural. Assim está regido pela lei natural da vida. As vezes abandonamos uma pessoa legal, compromissa com nossos objetivos, e nós ignoramos isso. E lá na frente a gente vai sim, se deparar com isso. E nesse encontro haverão muitos porquês.

Ah, meu Deus como é difícil viver! Como é bom viver e estar bem?

Acreditem mais em vocês, sejam protagonistas. Eu sei que agora você se pergunta ou se coloca diante uma alternativa: que é ser melhor, ser mais daqui para frente. É isso mesmo... O objetivo dessa palestra, dessa mini conferencia é isso, mostrar a você que há sempre uma alternativa.
Mas agora se o casamento, o trabalho está bem, que maravilha! Agradeça a vida por isso, por ter lhe dado bons filhos, um trabalho de onde você tira o seu sustento, um homem amoroso que lhe ama e com você sabe somar, sabe enfrentar as dificuldades, que sabe com você sorrir das conquistas, diga a você mesma: eu sou feliz. Gente, um trabalho, dignifica tanto o ser humano, mas um trabalho decente onde o patrão não esquece de você no final do mês. É ótimo trabalhar. E é ótimo receber o que é seu por direito. Às vezes somos chatos, deselegantes para com as pessoas. É que a gente esquece que o outro não tem nada haver com o nosso mau humor. Vamos ser mais simpáticos, vamos cuidar do nosso cartão de visita que é o nosso corpo, o nosso sorriso, Há muita coisa que você enquanto mulher pode fazer por você mesma. Não seria este um momento oportuno para você investir em você mesma? Com certeza esse investimento lhe daria bons rendimentos. Nascemos em um interior, vivemos em um município. O que pode ser feito? O que pode ser feito?! Muita coisa. Você não está condenada a lavar, a passar, a cozinhar e assistir as novelas da globo. No município muita coisa pode acontecer e deve acontecer, depende da sociedade que o constitui. Por que não se cria um movimento de mulheres? Onde elas possam pensar de uma forma coletiva, onde elas possam se organizar em função delas mesmas? A gente não consegue enfrentar um mundo violento, cruel, desumano sozinho. Como seres sociáveis precisam de organizações inteligentes, precisamos de uma união que tenha uma predominância significativa. Todo mundo precisa está organizado para enfrentar um sistema que não tem muito compromisso com a causa humana do ser. E quando precisamos de um apoio, é muito gratificante sabermos que ele existe, que a gente não está sozinho em algum ponto determinante de nossas vidas. Quando estamos em atrito conosco, com o outro é tão bom ouvirmos uma palavra de conforto, uma palavra que nos acalanta a alma. O ser humano não veio para viver isolado. E nas cidades pequenas parece que o ser humano apesar de estar sempre em contato com o outro, ele permanece sozinho por falta de instituições que nos recebam como somos. Como eu e o outro podemos ser.

Há três anos, aqui em Martinópole, reencontrei uma amiga que há mais de treze anos, eu não via. E a gente conversando, ela disse: - É, amigo, eu fracassei. A única coisa que me restou foi assistir as novelas da Globo, e aos domingos ir a missa. Será que é só isso que o ser humano merece? Todo mundo tem uma vida pela frente. Tentar é um começo para que alguma coisa mude. Não se pode mudar o mundo, o rumo das coisas, sem antes mudarmos nós mesmos. A maior revolução que o ser humano pode atingir é dentro dele mesmo.

Como vemos o outro? A mulher tem peito.

A mulher quando é mãe solteira é chamada de irresponsável e etc. Quem somos nós para julgarmos o outro. O corpo do ser humano é a única propriedade que ele possui, e ele pode fazer dele o que quiser. Nós não somos senhores da verdade e não temos o direito de apontar o outro. Vamos apontar a nós mesmos, olhar nossas vidas e direcioná-las para onde nos for conveniente. Há pessoas que se unem em grupos de oração, em detrimento dá fé, mas isso se não houver um direcionamento mediador não traz nenhuma contribuição direta a sociedade. Somos seres sociáveis, portanto devemos nos voltar para aquele sonho de partida que é a realização nossa de cada dia, pessoal e social. Quem estragou nossa vida? Ninguém, a não ser nós mesmos. Nós permitimos que o outro nos fira, nos castre o direito de sermos nós mesmos, de sermos felizes. E somos castrados pela religião, pela política, pela falta de diversão, de oportunidade que sabemos que elas existem, mas não chegam para nós. Você tem uma identidade, e não pode renegá-la por preço nenhum. Sua identidade interna é única assim como aquela identidade adquirida no instituto de identificação. Sou feia? Pois vou me amar sendo feia! Sou feia, mas sou feliz. Sou linda? Pois vou me amar sendo linda! Sou branca, negra, amarela, vou me amar do jeito que sou..... vou me cuidar, vou ser cuidada. Quantas vezes você já disse isso a você mesma? É preciso assumir o que se é, o que se tem. Por que você pensa e cala muitas vezes? O silêncio te assassina. Mulher é um ser pensante. Mulher pensa. Há momentos na vida que é preciso usar o espelho da rainha má... e perguntar diretamente no olho: Espelho, espelho meu, há alguém neste reino que mereça ser mais feliz do que eu?

A timidez é detratora da vida das pessoas. Temos medo de nos expressarmos, temos medo de perguntarmos, de falarmos, temos um período para fazer muita coisa, para fazermos tudo que desejamos. Um dia a gente morre , infelizmente porque viver 50, 60, 70 ou 100 anos é pouco diante as possibilidades que são visíveis e cabíveis em nossas vidas. Vamos aprender a dialogar com a gente, com o outro. Quantas vezes temos a oportunidade de fazermos o bem e nos renegamos a isso? É importante conversar olhando no olho, dizendo quais são as nossas forças e as nossas fraquezas. É importante haver compreensão, menos egoísmo, mais atenção. A vida pode se tornar mais tranqüila quando a gente esquece de julgar o outro, quando a gente lembra que todo mundo tem sentimentos e que não somos senhores para passar por cima deles. Será que estamos diante dos outros sendo vistos com bons olhos? Que tipo de critica costumamos lançar sobre aqueles que parecem momentaneamente mais fragilizados do que nós?

Nós estamos vivos e temos um papel importantíssimo neste planeta. Não viemos por acaso. Temos uma missão e seja ela qual for.... só não estamos aqui para sofrermos, nem para sermos aprisionados. Onde houver opressão, agressão, saiba que esse não é o lugar que deve ser escolhido por nós.

Então busquem relacionamentos sadios, companheiros que possam acrescentar alguma coisa de importante em suas vidas. Ninguém merece sofrer nem renunciar a si mesmo por causa de outro que não venha valer a pena.

Fim.........


quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

O que Antecede a Mulher?



O dia internacional da MULHER vem ai...

é dia de persamos no que ela representa para a sociedade.

é um instante de silêncio para compreendermos a luta da mulher

a luta em favor dela mesma

em beneficio da sociedade

a luta por um mundo melhor

por uma sociedade ladeada com a paz

é louvavel a luta das mulheres contra a violência

a favor do reconhecimento

a luta histórica de quem aconteceu

um instante de silêncio ainda por aquelas mulheres que não conseguiram ir a luta

aplausos para todas as mulheres do mundo....

para a mulher mae

para a mulher cidadão

para a mulher guerreira....

aplausos para as mulheres do mundo que lutam contra a exploração de nossas meninas.

criança tem direito a inocência até a última instância... e quando houver a mudança que seja um processo natural... e não brutal.

não somos homens e elas são mulheres... somos homens e mulheres em valores humanitários...

a casa da cultura compreende homens e mulheres na mesma conjuntura social irmanada na humanitária....

a casa é mulher, a cultura é feminina.... é sensibilidade que hoje pede que tdas nossas cranças se ponham a cantar suas cantigas de ninar....

que as crianças sejam livres e cegos todos os homens inescrupulosos que as olhem com olhos sexuais....

O Memorial Simeão Moreira tambem está engajado na luta contra a exploração sexual....

e conta com o apoio de homens e mulheres.... conta com o apoio de todos os cidadãos e cidadãs Martinopolense e do nosso Ceará...

no dia internacional da mulher....

impossivel esquecer a senadora Patricia Saboya.... Maria Luiza de Menezes Fontenele, Rosa da Fonseca, Luizianne Lins, Célia Zaneti Paiva, Moema Santiago...felizmente a lista gigantesca, mas omissões são inevitaveis....

A casa da cultura martinopolense Antonio Marcelo está promovendo uma palestra sobre MULHER E SOCIEDADE: MULHER PENSA.