segunda-feira, 3 de março de 2008

Memória Minha de Fatos Importantes Mas Sem Importância, Ou de Fatos Sem Importãncia Mas Importantissimos

Estava, hoje, eu pensando sobre a vida, sobre o caminho que nós somos perfeitamente capazes de construir ou destruir. Ou não pensava exatamente sobre isso, e sim sobre a forma que nos posicionamos diante de nós, dos nossos ideais. Eu tinha em mãos agora a pouco, o livro Didascália, de Marcelo Farias Costa, e diante de minhas retinas passaram cenas de peças que assistir, de fichas técnicas que li e muitas delas, estava meu nome. E remeto isso a minha volta a Martinópole, onde eu vejo espaço que poderiam ser utilizados em beneficio da arte e da cultura martinpolense. Temos o Salão Paroquial, que eu Antônio Marcelo, Micaelly Barros, Gracinha Braga, Dorinha, Gorete Dourado, Elitânia do Osmar, Wanderly Barros, Frances Kennedy, Kiko Barros, Socorro e Carmelita Oliveira, Elialda, o pessoal de uruoca que veio contribuir: Maria Otilia, Evilânia Fonseca, Menta Brás e outros que infelizmente não lembro no momento; inegável tambem a fantástica apresentação da juventude de senador sá, que nos embalou ao ritmo de uma dança frenética, bem elaborada, uma das dançarinas era a Valdênia que trazia em sua barriga um desenho que não memorizo, mas se não so utraido pela memória era um arco iris...
e enfoco aqui, a importância de se fazer um registro sobre as manifestações, sobre o caminho que devemos traçar, sem registro não há o que ser comprovado. Lembro com felicidade , a minha casa lotada com as pessoas que vieram de senador sá dar sua contribuição a cidade de martinópole, sem esquecer tendo a frente disso o padre César. A noite na praça, faltou energia, o Chico Maravilha embalava a juventude com músicas violadas, com alegria. Não há o que discutir, no final dos anos oitenta tivemos a melhor praça, tinha uma parte alta, especie de um palco, a praça era florida... assim como os sonhos daquela juventude. Ali na praça, eu acalentava meu sonho de ser ator, de ser artista, de ir alem do que a minha pobre cidade poderia me oferecer. Depois o Kiko, começou a escrever um romance, e quase toda noite lia para mim, na praça. Eu era o primeiro a ouvir sua escrita... mas isto já era influência que recebiamos de Tânia Salomé, que tinha escrito FUGA DA REALIDADE.
no palco do salão paroquial de Martinópole estão as minhas impressões digitais, ele fez parte do meu curriculo, da minha história que prossegue na mansidão do sopro....
engraçado, em 2005, levei a minha peça teatral AMIGOS PARA SEMPRE para Martinópole, e tinha como objetivo apresenta-la no palco que me embalou nos anos oitenta. E que em 1996, eu havia feito o lançamento do meu livro - ENQUANTO O AMOR FOR MAIOR - E o padre atual da cidade, nem me recebeu... Mandou uma moça me dizer um não. Esse palco não poderia ter apresentações teatrais.(?) A importância de eu voltar ao palco do salão paroquial era histórica para mim, era um laço sentimental que me ligava a ele...
E fico em silêncio... fecho esse blog em silêncio e não passivo de meus ideiais.