sexta-feira, 10 de outubro de 2008

ELEIÇÕES 2008 MARTINÓPOLE

O maior inimigo do povo é o próprio povo que abraça uma causa perdida que é mergulhar no fracasso de si mesmo. Falo da negligência humana que os seres causam em si. Pelo fim da política, acredito que isso é o melhor. O povo se deixa influenciar e se decidir por uma base falsa na tese que são gente que se expressa, que se exprime dentro de um cotidiano comum, mas o comum que o povo vive é acirrado entre uma mediocridade e uma miopia profunda. Quando as pessoas se encontram entre macegas atreladas na pobreza de espírito, elas se refletem socialmente na política. Martinópole é um continente ilhado. Continente porque é algo irreal, é alguma coisa de uma estrema extravagância solitária (a pouca conscientização) que tem feito do povo a doença e ao mesmo tempo a cura dos males sociais. Tem gente impedida de pensar o ser correto da existência. Pensar para a mediocridade é a mesma coisa do não pensar, do não sei, do não ouvi falar ou do ouvir falar sim. Tudo isso precisa ser refletido na vivência e na pele de cada um. Antônio Neto tem razão: o povo é corrupto! E esta afirmação reativa a frase inicial do isto. O povo quer se enganar. Gosta de ser enganado, de ser pisoteado na dissonância da dor que se abre com um sorrido amarelado pela derrota do não ser nada e do nada ter. Apostas foram feitas, palcos de verdades e de tramas fatais foram montados. O povo se alfineta e se ama com muito ódio. É complicada uma sociedade uma sociedade onde esposas não assumem seus papéis que são assumidos por mulheres free- lancer (para suavizar a palavra adequada). Pelas ruas candidatos a vereadores perseguidos por amantes alheias na fraudação da constituinte no direito de ir e vir. É difícil uma sociedade assim assistida e constituída. Não tenho pudor em dizer, eu fiz uma campanha política, embora o sistema esperasse e aceitasse apenas a politicagem. Não me corrompi, isto é inegável. Os 38 votos foram adquiridos de fato. É lamentável esse sistema de universitários (não todos) semi-analfabetos, esse sistema de doutores nunca diplomados. Seria covardia minha colocar e convidar os vereadores aceitos a um debate... Eles sairiam esmagados pela falta de conhecimento, pela falta de habilidade. Bastaria um debate entre eles e meu cabo eleitoral maior – Antônio Neto. Talvez, em um minuto, o meu cabo eleitoral transportá-los-ia ao estrato de nada. A base da minha campanha foi sólida, recheada de ideais e crenças. Toda a sociedade martinopolense me apoiou, isto também é inegável, mas seus dedos não conseguiram teclar meu número. Ela, a sociedade, estava torcendo, mas não fez nada. E me pergunto: fazer alguma coisa por mim? Ou por ela mesma? A sociedade se auto abandona, se auto condena. A nossa sociedade filistéia e snobe passa fome, mas arrota caviar, grita o estômago mas ri a superficialidade. Ninguém tem dinheiro para investir na própria cultura. Nossa sociedade não pode comprar um livro, não pode visitar um museu, mas pode lotar uma mesa de bar. Isto resulta em uma indisciplina social e, portanto atrelada a uma gente medíocre. 38 votos significam uma cidade sem cultura, significa uma Martinópole sem artistas, significa uma sociedade unânime e não dignificada pela diversidade. Onde estavam no momento das eleições os trabalhadores e seus direitos pré negados? Os pseudos pensadores? Os ativistas? Os estudantes e suas mentalidades preguiçosas e derrotadas? Onde estavam meus os familiares? Onde estavam aqueles e aquelas que se dizem defender a diversidade de suas e inumeráveis causas? Eu fiquei só, no campo de batalha. E todos sabem disso numa sociedade programada só para dizer sim. Um sistema merecedor de vais. Os mitos são de bronze, e se tocarmos o dourado fica nas mãos.
Martinópole nunca me quis. Eu fui embora com dezesseis anos para poder sobreviver. Eu que o amei. Mas de hoje em diante, quando eu fizer parte de um congresso, de um seminário cultural, quer seja em São Paulo, Santa Catarina ou mesmo no topo da serra de Guaramiranga, direi a o povo que pertenço ao mundo. Digo isto para provocá-los porque vocês perderam a chance de me ter de volta, perderam a oportunidade uno de ter na câmara um setor cultural, um setor inovador de idéias, perderam a chance de ter uma política revolucionaria. No fundo eu sei, que ninguém duvidou de minha capacidade, mas a troca de favor é maior. A camaradagem de vocês é estúpida e arrogante assim com aquela moça e a mãe dela que me perseguiram pelas ruas no domingo, dia 5. O analfabetismo delas é gritante. Assim como Natasha e o Emanuel da Águida deveriam no dia 5... estar defendendo a bandeira da classe que eles fazem parte. Tereza de mel, o que é que esta senhora sabe sobre política? Sobre arte? Sobre leis? Sobre respeito? Nada. É uma senhora vulgar, sem classe, sem berço à serviço da anti- democracia. Há dias que ela vinha me perseguido. Ela deveria estudar, se instruir, se ilustrar, fazer um curso de bons modos, se é que e possível ela adquirir o que a natureza a ela negou. Tereza de mel é uma senhora que vassala na escala menor para uma estupidez revoltada. Estas senhora é um ser desprezível possuidora de um cartão de visitas negativo. A antipatia é a mestre mola que a envolve. É inútil ela se comparar ao que eu entendo sobre leis, sobre cidadania, ela perderá fatalmente. A base política que eu fiz parte, ou seja, a minha coligação, uma base falsa emergida na mentira, na sordidez descabível, porem renascida na era da proto-história. O meu casaco vermelho fez parte da minha campanha, porem muito justo que no dia 5, ele estivesse sobre o meu corpo. A cor branca também é a minha cor de preferência, e nesse dia assumi minhas cores diárias. E por ser autêntico, por não dever nada a ninguém, quando vi que os dois partidos tinham preferência por vermelho e branco, não desisti de usa-las. Nunca estive em cima do muro. A senhora Porfírio Guilherme Barros e a família que propagaram que eu havia me vendido, deveriam saber muito bem que eu sou duro na queda. E não tenho o hábito que a mim, ela atribui. Essa denominação dela não seria um auto reflexo? Ela confusa, como sempre, sem saber de nós, quem era espelho e quem era sombra. Não devo nada a ela. Eu sim, fiz a campanha do PSB com toda a minha garra. Isto ninguém nega. Eu nadei contra a maré, desde o inicio, eu sentia intimamente esse nada contra maré, mas resisti. Fui o único que resistiu. Isto chama-se dignidade. É tanto que saio da cidade e nem um lado nem outro pode me acusar de nada. Não negociei com ninguém. E ter ficado, só por fração de segundos, imaginei que o coração do povo poderia ter batido por mim, mas não bateu. Dentro de Martinópole não há consciência política, o que há é a luta de interesse pessoal. Há ainda uma eterna disputa de egos inflamados que se detratam e depois se beijam. E para aqueles que quiseram duvidar, repito: não devo nada a nenhum político. Fiquei só. Mas com a grandeza de Martim Lutero, com o heroísmo de Joana D’Arc que foi para a fogueira, mas não se corrompeu. Não faço parte daqueles que amam o dinheiro e odeiam o humanismo. Não foi por menos que professores foram chamados de carroça, não é por menos que os direitos de vocês foram e são negados. O povo gosta disso. Gosta de viver sem cultura, sem nada, sem amor próprio. É por isso que a secretaria de cultura do Estado, lamentou a ausência de projetos. Aqueles que dizem fazer cultura, aqui, fazem lixo. Vendem gato por lebre, vendem restos fecais como adubo. E vocês engolem silenciosamente sem dizer um ai. E que os golpistas de plantão não venham dizer que estou atacando A ou B. aqui não escrevi uma frase pensando em seu Fontenele nem em James Bel. ( A guerra entre eles não me diz respeito).

Me reporto a câmara municipal que era onde estava programada a minha disputa. Enquanto cidadão comum, votei naquele que eu achei menos nocivo para a cidade. E isto só eu sei. Transito livremente entre o bem e o mal. Pode ser que pelos próximos cem anos, apareça um candidato que fale em direitos, em cidadania. Pode ser, não sei. Muito obrigado aos 38 votos conscientes. Obrigado Antônio Neto, pela decência e pela sua participação política. Você mostrou que tem garra e ideologia política. O povo sabe na insensatez se dividir com perfeição, mas não sabe atribuir o mal que faz a si mesmo na dialética da auto promoção. Participem, eleitores (de vereadores) de banquetes de miolos crus, de nozes sem quebras, e de mentes requentadas na poluição da fumaça em caldeiras nunca acesas de políticas anti-politicas, na surdez de vossos olhos e na miopia de vossos ouvidos. Há muitos anos que eu não direcionava a minha trajetória social para eleições no interior. Foi lamentável os momentos que eu via Martinópole refletir os escombros de uma Etiópia latina , onde as pessoas se humilham, se desvalorizam, quando se permitem pedir dez reais, um real ou mesmo cinqüenta centavos a um candidato. Pessoas completamente decadentes, entregues á vidas preguessas, dominadas no vicio do pedir. É lamentável sim, a decadência humana. Digo isto com um pesar gigantesco. E peço aos que ficam que não se abandonem e cobrem dos vereadores eleitos, cobrem projetos e um posicionamento político, se é que eles sabem o que é isso. Sob a visão de um olhar social temos uma Martinópole sem sentido, uma cidade no retrocesso de coisas jamais compreendidas na incompreensão de uma gente que não se ama e não se auto valoriza na percepção do ser sociável. É indigesto um ser humano todo maltrapilho pedir cachaça e calar-se sorrindo diante de um trago. Assim como é indigesto e canalha aqueles que viram a cara para os amigos por tendências políticas. Como é gritante a falta de respeito dos adversários para com os outros. E nisto retalho os dois partidos que se perseguem , que se auto destroem em nome de uma arrogância assumidamente ignorante. Faço essas criticas na certeza que elas não serão bem vinda (mas sou self made), porque as pessoas são hipócritas e vaidosas em demasia, e só gostam de elogios embora sem fundamentos. Tudo se perde quando a vaidade é maior que a inteligência. E o dinheiro é sempre o mestre sala de uma platéia extasiada ante a magia da corrupção.

Não vou pedir desculpas, mas você precisa ouvir isto.

Por Antonio Marcelo – cidadão do mundo